CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

4 231 - Três dias a faltar para os Cavaleiros voltarem aos chãos natais...

Cavaleiros do Norte do Parque-Auto da CCS, no Quitexe: 1ºs. cabos Orlando Teixeira (pintor) e Domingos Tei-
xeira (estofador), furriel Norberto Morais e 1ºs. cabos Rafael Serra Farinha (mecânico, que amanhã festeja
 66 anos em Odivelas) e Serra Mendes (bate-chapas)

Sexteto de Cavaleiros do Norte do PELREC. De pé, o
1º. cabo Almeida, José Neves, Messejana e Florêncio. Em
baixo, os 1ºs, cabos Vicente e Soares. O Almeida, o Mes-
sejana, o Vicente e o Soares já faleceram!

O dia 5 de Setembro de 1975 foi tempo para a tripulação do navio «Niassa» in-
terromper a greve que, nas vésperas, bloqueara o acesso dos furriéis milicia-
nos Neto e Viegas, para fazerem a dis-
tribuição do pessoal da CCS pelas suas camaratas.
A greve começara a 29 de Agosto e o navio estava fundeado no porto de Luan-

da e fretado para transportar «cerca de 1200 homens». Seriam do BCAV. 8423 (que acabaram por regressar de avião) e outras unidades da tropa metropolitana.
O dia foi também o da chegada de Leo-
nel Cardoso, o novo alto-comissário de Portugal, que logo se queixou das autoridades de Lisboa: «Parti há horas de Lisboa sem o conforto da presença no aeroporto de qualquer responsável político ou militar, ou os seus representantes, a levar-me uma palavra de des-
pedida, de simpatia e de encorajamento», queixou-se o almirante português - que lá chegou sem reforços.
O comandante-chefe adjunto era Heitor Almendra, promovido (ou graduado) a general para exercer este cargo e que pedira o envio de «uma companhia de Comandos com Paraquedistas e duas de Polícia Militar». Nenhuma foi.
O almirante, numa entrevista ao jornal «O Comércio», diário de Luanda, co-
mentou, mesmo assim, que «farei todo o possível para restabelecer a paz no território, para o que, no caso de ser necessário, as tropas portuguesas esta-
riam disponíveis para intervir».
José A. Neves


Neves à procura
da familiares !

O dia, uma sexta-feira, poderá ter sido (este, ou outro) o da pro-
cura da família do Neves, atirador de Cavalaria do PELREC, que desde a chegada a Angola a tentava encontrar.
José Antunes das Neves era de Rio de Mouro, em Sintra, e tinha alguns problemas de saúde, que bastante o fragilizavam, até emocionalmente, a ponto de muitas vezes ser dispensado de participar em operações na mata, patrulhas e/ou escoltas do PELREC. Não era o mais desenrascado de nós e, sabendo desse seu desejo muito pessoal, conseguimos localizar a família - que modestamente vivia para as bandas da Corimba. E bem o recebeu.
Lá passou o dia e como a boleia lhe chegou atrasada, receou ser castigado por isso (e já não poder voltar logo para Portugal), pelo intermediámos a sua che-
gada ao Grafanil - onde, naturalmente, nada de mau lhe aconteceu.
O José Antunes das Neves regressou a Portugal a 8 de Setembro, com a malta da CCS, e sabemos que vive para as bandas de Sintra. Um abraço para ele!
Rafael Farinha

Farinha, 1º. cabo mecânico,
66 anos em Odivelas !

O 1º. cabo Farinha, mecânico-auto da CCS, festeja 66 anos a 6 de Setembro de 2018. Em Odivelas, onde vive.
Rafael Serra Farinha vivia no lugar da Serra da Luz, em Odive-
las - ao tempo pertencente ao concelho de Loures. Lá voltou no dia 8 de Setembro de 1975 e por lá fez vida profissional como... mecâni-
co-auto, dono de uma oficina de reparações e de venda de automóveis.
Reformou-se mas mantém a ligação ao sector comercial automóvel, com ser-
viços de venda na mesma Serra da Luz, na Pontinha, em Odivelas. Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns! 

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