Cavaleiros do Norte na varanda do BC12, em Carmona: alferes milicianos Machado e capitães José Paulo e José José Diogo Themudo, que hoje festeja 77 anos em Lisboa |
A passagem à disponibilidade do editor deste blogue (o furriel miliciano Viegas) aconteceu a 19 de Setembro de 1975, 11 dias depois da chegada de Angola. Há precisamente 43 anos!
O dia e o autor representam simbolica-
mente, todos os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que, nesta ou outras datas,
passaram a esta situação militar, decor-
rente da campanha africana de Angola
A caderneta militar do furriel Viegas |
O BCAV. 8423 «começou a existir cerna de Outubro/Novembro de 1973, com a mobilização da maioria dos seus quadros», como se lê mo livro «História da Unidade» Mas o primeiro encontro da maioria do pessoal só se deu a 7 de Janeiro de 1974, por não se ter realizado, em Dezembro de 1973, o 4º. Turno de Instrução Especial.
Os contactos formais começaram no dia seguinte, no Destacamento do RC4, em Santa Margarida, e «numa reunião em que estiveram presentes os quadros do BCAV., precedida de uma palestra a todo o pessoal».
A partida para Angola começou a 29 de Maio de 1974, quando, nos TAM, voou para Luanda a CCS. Seguiram-se, a 1ª. CCAV. 8423 (dia 30), a 2ª. CCAV. (3 de Junho) e 3ª. CCAV. (5). Todas aquarteladas no Campo Militar do Grafanil.
O regresso a Portugal, como ainda há semanas aqui recordávamos, foi no dia 8 de Setembro de 1975 (quando chegou a CCS), depois a 1ª. CCAV. (dia 9), a 2ª. CCAV. 8423 (10) e a 3ª. CCAV. (11).
José Diogo Mota e Silva Themudo |
Coronel José Themudo,
77 anos em Lisboa !
O coronel José Diogo Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423, festeja 77 anos a 19 de Setembro de 2018 e em Lisboa.
José Diogo da Mota e Silva Diogo era capitão de Cavalaria quando, em Março de 1975 foi convidado pelo tenente-coronel Almeida e Brito para assumir as funções de 2º. comandante, vagas desde a nossa partida para Angola.
Foi louvado «pelas elevadas qualidades militares demonstradas no desempenho das funções (...), aonde deu as melhores provas da sua comprovada competência profissional».
O documento, referindo-se ao «grave conflito armado entre movimentos de libertação», nos primeiros 6 dias de Junho de 1975, e diz que «soube obter o melhor rendimento do escasso pessoal de que dispunha e, ao mesmo tempo, accionar a segurança a elevado número de refugiados que solicitaram a protecção das NT».
«De completa serenidade perante tais acontecimentos, sem que tivesse horas de descanso, demonstrou a maior ponderação, coragem, espírito de missão e de sacrifício, qualidades que deram certezas aos seus subordinados da acção do comando que se lhes pedia», sublinha o louvor, precisando também que «as suas elevadas qualidades morais e as suas verdadeiras qualidades militares, ao mesmo tempo que para os seus superiores garantia uma inteira e leal colaboração, deram igualmente ocasião a que fosse sempre aceite pelos seus camaradas e desejado pelos seus subordinados».
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