4 307 - O adeus da CCAÇ. 4145/72 a Vista Alegre e aos Cavaleiros do Norte!

O comandante Almeida e Brito em Aldeia Viçosa, no Natal de 1974, faria 91 anos a 25 de Novembro de
2018, mas faleceu a 20 de Junho de 2003. Na imagem, os milicianos furriel José Melo e alferes Jorge Capela
Capela e João Machado, o tenente-coronel Almeida e Brito e o capitão miliciano José Manuel Cruz  

Caçadores da 4145/72 em tranquilizador jogo de cartas, em
 Vista Alegre: António Dias, furriéis Freitas e Cerqueira, ca-
pitão Raul Corte Real, 1º. sargento Sobreiro e furriel Ramos

O dia 24 de Novembro de 1974 foi o último da responsabilidade operacional da CCAÇ. 4145/72 na área de Vista Alegre e Ponte do Dange, onde, já desde o dia 21, se vinha a instalar a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala.
Os «Caçadores» da 4145/72 iam rodar para o Sector de Luanda e, aqui, aguardar a viagem de regresso a Portugal - o que viria a acontecer em Dezembro seguinte, deixando de estar sob responsabilidade operacional do BCAV. 8423. Depois da Fazenda do Liberado, de onde saíra a CCAÇ. 209/RI 21, os Cavaleiros do Norte ficavam limitados às suas quatro companhias - e apenas três delas operacionais.
A CCAÇ. 4145/72 era uma companhia independente, que tinha sido organizada no Regimento de Infantaria nº. 1, na Amadora, que partiu para Angola em Março e chegou a Vista Alegre no dia 1 de Abril de 1973.
Era comandada pelo capitão Raúl Alberto Sousa Corte Real e partiu para Angola em Março de 1973 e de lá regressou em Dezembro de 1974.

O alferes miliciano Adão Moreira, oficial
da CCAÇ. 4145/72, a de Vista Alegre

Alferes milicianos
da CCAÇ. 4145/772

O alferes miliciano Adão Moreira era o «mais ve-
lho» desta patente e foi quem a comandou nos períodos de doença e férias do capitão Raul Corte Real e, a 24 de Novembro de 1974, já não estava em Vista Alegre mas em Luanda.

«Fui mais cedo, com cerca de 50 homens da incorporação angolana, para pro-
cessar a desmobilização deles», disse o antigo oficial miliciano de Vista Alegre.
Outros oficiais milicianos da CCAÇ. 4145/72 foram os alferes Rosa (que coman-
dava o 1º. grupo de combate), Fonseca (o 3º.) e Aguiar (o 4º.).
O alferes Rosa, natural de Setúbal (como Adão Moreira), substituiu o alferes Dias (despromovido a furriel) e é aposentado das Finanças. Fonseca, é advogado em Lisboa. Aguiar, provavelmente também residente na capital, substituiu alferes Damas - que conseguiu a desmobilização, ainda em Portugal.
Furriéis milicianos eram o Freitas, o Cerqueira e o Ramos, o Monteiro (mecânico), o Lopes e o Rodrigues, completando-se o quadro de comandos intermédios com o 1º. sargento Sobreiro.

O comandante Carlos
José Saraiva de Lima
Almeida e Brito

Comandante Almeida e Brito
nasceu há 91 anos !

O então tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, faria 91 anos a 25 de Novembro de 2018. Fale-
ceu a 20 de Junho de 2003. Há 15 anos!
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito nasceu em 1927, na cidade de  Lisboa, e atingiu a patente de general - depois de, por exemplo e após o seu (e nosso) regresso da jornada angolana, ter sido comandante da Polícia Militar (PM), em Lisboa, 2º. comandante da Região Militar Centro (Coimbra) e da GNR (Lisboa), comandante da Região Militar Sul, entre outros altos cargos militares.
Sempre participou os encontros da CCS e dele fica, para sempre, a imagem de um comandante rigoroso e exigente, mas humano, competente e corajoso. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!