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A 30 de Setembro de 1974, há poucos dias regressado ao Quitexe e já depois do incidente da CCA. 209/RI 21, a companhia do Liberato que se revoltou, os Cavaleiros, ainda que sempre atentos, jornadeavam tranquilos pelas terras do Uíge.
Os dias do «bem-bom» que tivera nas férias que me levaram a galgar quilómetros pela imensa Angola e por eles ter andado a laurear o queijo, tinha, acabado! Por eles me «passeei», sentindo-lhe os cheiros e os sentidos e almofadando abraços ao mar de amigos e familiares que por lá, de Luanda ao Huambo, Silva Porto e Gabela, Lobito e Benguela, faziam pela vida. Foi há 45 anos! Como o tempo passa!!
Notícias, havia. E frescas. E menos boas: «O IN realizou uma acção ofensiva na área do Liberato, ao atacar madeireiros», leio agora, no Livro da Unidade. Não era a melhor recepção, até porque também tinha havido uma flagelação a uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas.
O (não) avanço do
MPLA para o Uíge
Há 44, já por esta aldeia das minhas primeiras fraldas e chegado da jornada angolana há menos de um mês, fazia vésperas para retomar o meu trabalho profissional, na Grésil (onde por 16 anos fui quadro) e procurava notícias de Angola. Não era as melhores: a FNLA mantinha-se no Caxito, não se conhecia avanço do MPLA para o Uíge mas era seguro que não desfazia armas para manter a sua supremacia territorial.
Campala, neste dia de 1975, foi cada para a cimeira dos três partidos, a que falou o MPLA. A própria FNLA, a horas da abertura, não tinha confirmada presença; só a UNITA de Savimbi já estava na cidade ugandesa. Para além da delegação portuguesa: tenente-coronel Costa Braz, capitão Rui Castro Guimarães e João Teixeira da Mota. País participantes, foram Argélia, Burundi, Gana, Alto Volta, Quénia e Lesotho, Marrocos, Nigéria, Somália e Uganda. Formavam a Comissão Conciliadora para Angola.
Ao Algarve, chegavam dez das 18 traineiras que, a 4 de Setembro, tinham saído de Luanda, rumo à Europa e a fugir dos dramas da guerra. Fundearam em Vilamoura e Olhão e as restantes navegavam entre Dakar (Senegal) e o Algarve. Em apoio, foram a fragata Pereira da Silva e a corveta Honório Barreto.
Teixeira, 1º. cabo da
CCS, 67 anos no Porto !
O 1º. cabo Domingos Augusto Teixeira, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 30 de Setembro de 2019.
Cavaleiro do Norte do Parque-Auto do Quitexe, comandado pelo alferes miliciano António Cruz, e estofador de especialidade militar, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e ao seu Bairro do Cerco. Fez vida profissional como funcionário público e, já aposentado, lá continua a morar e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
António, condutor da CCS,
67 anos em Abrantes !
O soldado Francisco Fernando Maria António, da CCS do BCAV. 8423, comemora 67 anos a 30 de Setembro de 2019.
Atirador de Cavalaria de especialidade e membro do PELREC, o grupo de combate comandado pelo alferes miliciano António Garcia, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua terra de Abrançalhas, em Abrantes.
A vida profissional fê-la como motorista de pesados de longo curso e, já aposentado, lá continua a viver. Para ele, um grande abraço de parabéns!
Cavaleiros do Norte do PELREC. Francisco e Madaleno (à esquerda). De bigode, à frente, o
Silvestre, depois o Aurélio Barbeiro (abaixado), o Florêncio (de bigode), Messejana, Soares e Vicente (ambos
de bigode). Atrás destes, de cerveja na mão, o Alberto Ferreira. Aqui à frente, o alferes Garcia e o Armindo
Gomes (a rir). O António (com boina no ombro), o Dionísio, dois desconhecidos e o Leal (boina no ombro).
Atrás dele, o Almeida. E os três da direita, lá atrás? Em baixo, Viegas na ilha de Luanda, há 40 anos e alguns dias
Silvestre, depois o Aurélio Barbeiro (abaixado), o Florêncio (de bigode), Messejana, Soares e Vicente (ambos
de bigode). Atrás destes, de cerveja na mão, o Alberto Ferreira. Aqui à frente, o alferes Garcia e o Armindo
Gomes (a rir). O António (com boina no ombro), o Dionísio, dois desconhecidos e o Leal (boina no ombro).
Atrás dele, o Almeida. E os três da direita, lá atrás? Em baixo, Viegas na ilha de Luanda, há 40 anos e alguns dias
Cavaleiros do Norte do PELREC: Augusto Florêncio, Francisco António (que hoie festeja 67 anos em Abrantes), furriéis Neto e Viegas e 1º. cabo Albino Ferreira |
A 30 de Setembro de 1974, há poucos dias regressado ao Quitexe e já depois do incidente da CCA. 209/RI 21, a companhia do Liberato que se revoltou, os Cavaleiros, ainda que sempre atentos, jornadeavam tranquilos pelas terras do Uíge.
Os dias do «bem-bom» que tivera nas férias que me levaram a galgar quilómetros pela imensa Angola e por eles ter andado a laurear o queijo, tinha, acabado! Por eles me «passeei», sentindo-lhe os cheiros e os sentidos e almofadando abraços ao mar de amigos e familiares que por lá, de Luanda ao Huambo, Silva Porto e Gabela, Lobito e Benguela, faziam pela vida. Foi há 45 anos! Como o tempo passa!!
Notícias, havia. E frescas. E menos boas: «O IN realizou uma acção ofensiva na área do Liberato, ao atacar madeireiros», leio agora, no Livro da Unidade. Não era a melhor recepção, até porque também tinha havido uma flagelação a uma viatura da JAEA, na Quinta das Arcas.
A ligação de Luanda a Carmona (Uíge) |
O (não) avanço do
MPLA para o Uíge
Há 44, já por esta aldeia das minhas primeiras fraldas e chegado da jornada angolana há menos de um mês, fazia vésperas para retomar o meu trabalho profissional, na Grésil (onde por 16 anos fui quadro) e procurava notícias de Angola. Não era as melhores: a FNLA mantinha-se no Caxito, não se conhecia avanço do MPLA para o Uíge mas era seguro que não desfazia armas para manter a sua supremacia territorial.
Campala, neste dia de 1975, foi cada para a cimeira dos três partidos, a que falou o MPLA. A própria FNLA, a horas da abertura, não tinha confirmada presença; só a UNITA de Savimbi já estava na cidade ugandesa. Para além da delegação portuguesa: tenente-coronel Costa Braz, capitão Rui Castro Guimarães e João Teixeira da Mota. País participantes, foram Argélia, Burundi, Gana, Alto Volta, Quénia e Lesotho, Marrocos, Nigéria, Somália e Uganda. Formavam a Comissão Conciliadora para Angola.
Ao Algarve, chegavam dez das 18 traineiras que, a 4 de Setembro, tinham saído de Luanda, rumo à Europa e a fugir dos dramas da guerra. Fundearam em Vilamoura e Olhão e as restantes navegavam entre Dakar (Senegal) e o Algarve. Em apoio, foram a fragata Pereira da Silva e a corveta Honório Barreto.
Domingos Teixeira |
Teixeira, 1º. cabo da
CCS, 67 anos no Porto !
O 1º. cabo Domingos Augusto Teixeira, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 30 de Setembro de 2019.
Cavaleiro do Norte do Parque-Auto do Quitexe, comandado pelo alferes miliciano António Cruz, e estofador de especialidade militar, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e ao seu Bairro do Cerco. Fez vida profissional como funcionário público e, já aposentado, lá continua a morar e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Francisco António |
António, condutor da CCS,
67 anos em Abrantes !
O soldado Francisco Fernando Maria António, da CCS do BCAV. 8423, comemora 67 anos a 30 de Setembro de 2019.
Atirador de Cavalaria de especialidade e membro do PELREC, o grupo de combate comandado pelo alferes miliciano António Garcia, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua terra de Abrançalhas, em Abrantes.
A vida profissional fê-la como motorista de pesados de longo curso e, já aposentado, lá continua a viver. Para ele, um grande abraço de parabéns!
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