A 20 de Novembro de 1975, hoje se fazem 44 anos, o presidente do Uganda e da Organização de Unidade Africana (OUA), considerou que «para se evitar o derramamento de sangue em Angola, não deverá ser reconhecido nenhum movimento, até se formar um Governo de Unidade».
Idi Amin Dada, dele falamos, temia que os estados-membros da OUA que «apoiaram e ainda apoiam» o Governo do MPLA, reconhecendo a Angola independente, «poderiam mudar de opinião em breve e juntar-se à maioria que deseja uma Angola unida». Ele próprio e o seu país, ainda não tinha reconhecido a Angola do MPLA mas admitia ter «relações de boa amizade» com o movimento de Agostinho Neto.
Posição contrária tinha Marien Ngouabi, presidente da República Popular do Congo, em contencioso com Idi Amin Dada e exigindo a sua demissão do presidente ugandês da liderança da OUA, no que era corroborado por Sekou Touré, presidente da Guiné-Conakri.
Noticias dos combates é que não se conheceram por estes dias de há 44 anos. Mas Angola continuava a ferro e fogo, com confrontos entre as forças do MPLA (que eram Governo de Angola) e as da FNLA e da UNITA.
A entrada de Vista Alegre, na Estrada do Café e do lado de Luanda, a 24 de Setembro de 2019 |
Mudanças em Vista Alegre,
incidentes por Angola fora!
Um ano antes, a 20 de Novembro de 1974, a CCAÇ. 4145/74 abandonou Vista Alegre onde tinha chegado dois dias antes - para substituir a CCAÇ. 4145/72, que acabou, na prática, por ser
Notícia do Diário de Lisboa de 20 de Novembro de 1974, sobra a actualidade política e militar angolana |
«A rotação do dispositivo militar começou a ser efectivada à custa de verdadeiros sacrifícios, dadas as carências de meios auto que permitissem a materialização desses movimentos, os quais envolviam não um simples mutação, mas, sim, a extinção de aquartelamentos», lê-se no livro «História da Unidade».
Em Luanda, por esse tempo, «as Forças Armadas Portuguesas e milícias populares constituídas do MPLA, continuam(avam) a patrulhar os bairros subúrbios, assegurando o rápido restabelecimento da ordem». Em Nova Lisboa, «fizeram-se sentir actividades da reacção» e uma força da PSP «entrou no bairro Cacilhas, tendo procedido a detenção de 7 brancos» e de uma viatura Land Rover. Os detidos foram para a Casa da Reclusão de Luanda, para serem ouvidos.
Sobre o problema de Cabinda, o MPLA divulgou um comunicado, no qual acusou a FLEC de «ser um bando de fantoches, a soldo do imperialismo, com apoio de um país vizinho» - o Zaire de Mobutu Sese Seko.
Ia assim o processo de descolonização de Angola, há precisamente 41 anos.
Furriel Viegas em 1974/75 |
Viegas, furriel da CCS,
67 anos em Águeda !
O furriel miliciano Viegas, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 21 de Novembro de 2019.
Especialista de Operações Especiais (os Rangers), regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, à sua natal terra de Ois da Ribeira, freguesia do município de Águeda, lá continuando a sua actividade profissional, acumulando tarefas nas áreas da administração/contabilidade e jornalismo, depois também na banca.
Lá continua a viver, agora já aposentado e, no seu dia-a-dia, editando este blogue. Hoje, os parabéns ficam em casa!
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