Cavaleiros do Norte da CCS e 3ª. CCAV. 8423, todos fur-
riéis milicianos e no Quitexe, em 1975. De pé, Fernandes,
Graciano, um combatente da FNLA e Neto. Em baixo,
Rocha, Querido e Cardoso
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BCAV. 8423 |
Os primeiros dias de Abril de 1975, lá pela terra saudosa de Angola, em Carmona, decorriam tranquilamente, escaramuça aqui, escaramuça acolá..., nada que os Cavaleiros do Norte não resolvessem.
A guarnição do BCAV. 8423, formada pela CCS e um grupo de combate da 2ª. CCAV., já estava muito mais bem adaptada às exigências urbanas - e aos perigos que eram novidade, para quem chegava dos muitos medos das matas e das picadas de morte...
A pequena guarnição do BCAV. 8423 estava instalada no BC12 e cada vez mais menos chegava para as encomendas: serviços internos (que não podiam deixar de ser executados) e principalmente os patrulhamentos mistos, 24 sobre 24 horas, na cidade e, pouco depois, os acessos rodoviários, para «garantir a liberdade de circulação» de pessoas e bens. Passou a ter «patrulhamentos de longo curso», assim estão baptizados no livro «História da Unidade».
O furriel Viegas de férias em Luanda, há 45 anos, desfrutando das areais da praia da Restinga, na ilha |
Luanda calma,
mas não tanto...
A situação em Luanda, a esse tempo e apesar das aparências, continuava mui-
to periclitante na malha suburbana, muito embora se circulasse tranquilamente pela chamada «cidade do alcatrão».
Os furriéis milicianos Viegas e Cruz, por lá a laurear o queijo, em gozo de férias, por guerra nenhuma deram e deslocavam-se sossegadamente por qualquer lado da cidade. A cidade branca, a do alcatrão..., frequentando praias e a cosmopolita baixa, bares e restaurantes, a noite e os clubes da dita!
A única nota mais visivelmente delicada, em panfleto profusamente distribuído pelo MPLA (e não divulgado em jornais e rádios), era a da convocatória de uma manifestação para exigir a substituição do Alto-Comissário (o general Silva Cardoso) e o regresso das tropas da FNLA aos quartéis.
Jornais portugueses
proibidos em Angola
A FNLA, por sua vez e na voz do ministro Jonhy Eduardo, negava qualquer responsabilidade nos graves e sangrentos incidentes dos dias anteriores, assim como a existência de prisões e fuzilamentos dos homens do seu movimento. E apontava o dedo ao MPLA, acusando-o de «ter provocado o clima de tensão que se viveu nos últimos dias».
Novidade há 45 anos, depois da censura a jornais e rádios angolanos (não havia televisão) foi a proibição de circularem em Angola os jornais Expresso e Sempre Fixe (portugueses) e Notícias (de Lourenço Marques, actual Maputo, em Moçambique). Por lá, apenas a Emissora Oficial de Angola poderia publicitar os comunicados oficiais. As restantes, emissoras só podiam ter a emissão normal (sem os boletins noticiosos).
José Luzia, 1º. sargento da CCS |
José Luzia, 1º. sargento
da CCS, faleceu há 3 anos!
O 1º. sargento Luzia, chefe da secretaria da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 3 anos, de doença e na Amadora.
José Claudino Fernandes Luzia, de seu nome completo, era natural de Santa Vitória, freguesia da cidade e município de Beja, onde nasceu a 10 de Dezembro de 1933. Era militar de carreira - que continuou depois do regresso da Angola, a 8 de Setembro de 1975.
Atingiu a patente de sargento-mor e, já aposentado, faleceu de doença, na cidade da Amadora, onde residia. Hoje aqui o recordamos. RIP!!!
A Fazenda de Zalala |
José Costa de Zalala
faria hoje 68 anos !
O soldado José Maria Soares da Costa, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, faria 68 anos a 2 de Abril de 2020. Faleceu em 2009.
Cavaleiro do Norte de Zalala, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, a Bondes, lugar da freguesia de Duas Igrejas, em Vila Verde. Foi profissional da GNR e faleceu de doença, a 11 de Dezembro de 2009, aos 57 anos e quando prestava serviço no Posto de Freixo, em Ponte de Lima.
Hoje aqui o recordamos. RIP!!!
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