A necessidade de intensificar patrulhamentos e a segurança da cidade de Carmona levou os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 a serem reforçados, de 15 para 16 de Abril de 1975.
Reforçados há 45 anos e com um grupo de combate da 3ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Paulo Fernandes e da Fazenda Santa Isabel, mas ao tempo já instalada na (nossa) saudosa vila do Quitexe - desde o dia 10 de Dezembro de
Os capitães milicianos Cruz e Fernandes, comandantes da 2ª. CCAV. e da 3ª. CCAV., com o alferes João Machado |
«Houve que reforçar temporariamente o BCAV. (...), porquanto, pretendendo-se ao mesmo tempo realizar patrulhamentos de longo curso, chamemos-lhe assim, não de podia deixar a cidade de Carmona inactiva», reporta o livro «História da Unidade», sublinhando que «muito embora se verifique que a nossa actividade está muito circunscrita aos centros urbanos, pois que à FNLA outra coisa não interessa, está-se conseguindo uma situação de calma, fictícia é certo, mas que permite um dia a dia mais ou menos estável, quebrado por um ou outro incidente».
Bem dizia (e escreveu) o comandante Carlos Almeida e Brito, e lá saberia porquê: «Uma calma fictícia, é certo (...). O tempo de então, e de forma muito real e dramática - trágica, diríamos..., como se «viu» na primeira semana de Junho de 1975 -, se encarregaria de confirmar tão «profética» e antecipada verdade.
OUA e ONU
em Luanda
Luanda, a esse tempo, continuava com as mesmas dúvidas e diferenças.
O MPLA opunha-se formalmente ao envio da missão da OUA, que Lúcio Lara considerava «uma interferência contrária aos interesses nacionais». Em causa, recordemos, estavam «as sangrentas confrontações recentemente ocorridas entre partidários do MPLA e da FNLA», na capital de Angola.
Ao tempo já estava em Luanda um delegação de 4 elementos da OUA, chefiada por Adbuirahib Farah, secretário geral das Nações Unidas para as Questões Políticas Especiais, que, porém, apontava como objectivo «estudar as necessidades do país no campo social e económico».
António Honório Campos alferes miliciano médico |
O capitão Fernandes e os alferes Pedrosa, Silva, Simões e Campos |
Alferes-médico Campos,
76 anos em Coimbra !
O alferes miliciano médico Campos está festa de anos: comemora 76 a 16 de Abril de 2020, em Coimbra.
António Honório de Campos serviu o Batalhão de Cavalaria 8423 na CCS (substituindo o capitão dr. Manuel Leal), a 2ª. CCAV. Companhia (Aldeia Viçosa) e a 3ª. CCAV. (em Santa Isabel), com «elevada competência profissional»,
justificando «merecido louvor», proposto pelo capitão José Paulo Fernandes, da 3ª. CCAV. 8423.
Acumulou funções militares com as de Delegado de Saúde do Quitexe, apoiando «toda a população civil, sem olhar a horas de trabalho», como se lê no louvor do comandante Almeida e Brito, acrescentando-lhe «dedicação integral a todos os casos vividos».
O grave conflito armado entre a FNLA e o MPLA, no Quitexe e em Junho de 1975, levou-o a ter de «actuar quase sozinho, perante elevado número de feridos muito graves, patenteando elevada isenção» e manifestando «a sua capacidade técnica e humana, em actividade digna de realce».
Regressado a Portugal, seguiu carreira de dermatologista, chegando a assistente graduado do Hospital Infante D. Pedro, em Aveiro, e exercendo medicina privada. Está aposentado desde Outubro de 2006 e vive em Coimbra, de onde se divide, no dia-a-dia, com a Figueira da Foz.
Parabéns!
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