Os alferes milicianos António Garcia e António Albano Cruz, da CCS do BCAV. 8423, na Fazenda Vamba |
O BC12 foi palco, a 23 de Abril de 1975, de uma segunda palestra sobre as eleições do dia 25 (seguinte), as primeiras da era democrática e que elegeriam (como elegeram) os deputados que viriam a elaborar e aprovar a Constituição Portuguesa.
O objectivo era, como facilmente se imagina, esclarecer o pessoal da guarnição sobre o acto eleitoral, que era absoluta novidade para toda a gente -
Os furriéis Cruz e Viegas nas férias de Abril de 1975 entre a Caála e Nova Lisboa, actua Huambo |
O dia foi de viagem aérea, minha e do António Cruz, do Lobito para Luanda, a bordo de um avião dos TAAG (Transportes Aéreos de Angola) e com um grande «cagaço» na chegada à capital, ao sobrevoar Catete, quando a aeronave «caiu» num poço de ar e nos sentimos (todos os passageiros) pendurados por onde não digo. Mas lá aterrámos e, logo depois, pousámos malas no Katekero e «voámos» para a baixa, à procura de «matar» a fome.
O furriel Viegas em frente à Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe, a 14 de Setembro de 2019 |
Reunião dos presidentes
dos três movimentos»
«Podem ser canceladas...», admitia Agostinho Neto, presidente do MPLA, falando em Dar-Es-Salam, e citado pela agências ANI e AP.
A legislação ainda não tinha sido elaborada, muito menos aprovada e sequer regulamentada. A «falha» era do Governo de Transição e Agostinho Neto falou do projecto de lei que, para o efeito, o MPLA tinha apresentado, assegurando, por outro lado, que o seu movimento/partido «continuaria a fazer a sua campanha». E falou também dos (então) recentes incidentes em Angola, oferecendo-se para «uma reunião dos presidentes dos três movimentos» - o MPLA, a FNLA e a UNITA.
«Em vez de nos alvejarmos uns aos outros, em vez de usarmos a violência, poderíamos discutir os nossos problemas», disse Agostinho Neto.
Ferreira de Zalala, 68 anos
na Póvoa de Santa Iria!
O 1º. cabo João Viegas Ferreira, da 1ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte da Fazenda de Zalala, festeja 68 anos a 23 de Abril de 2020.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e membro do grupo de combate comandado pelo alferes miliciano Pedro Marques da Silva Rosa, com os furriéis João Aldeagas, Manuel Pinto e Victor Velez, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975 e fixou-se na freguesia dos Olivais, em Lisboa - onde então residia.
Sabemos que agora mora na Póvoa de Santa Iria, em Vila Franca de Xira, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
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