O Diário de Notícias de 12 de Agosto de 1975 noticiou a barafunda do aeroporto de
Lisboa, provocada pelo êxodo dos portugueses que estavam em Angola
|
Os furriéis Neto e Viegas com os conterrâneos Gilberto e Sucena, civis, nos últimos dias de Angola, em Agosto de 1975, há 45 anos! |
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, há precisamente 45 anos, dia 12 de Agosto de 1975, continuavam aquartelados no Grafanil e como «unidade de reserva» do Comando Operacional de Luanda (COPLAD), à espara do voo de regresso a Lisboa.
A imprensa angolana desse dia anunciava que, só em Luanda e nessa semana, houve «pelo menos 29 mortos e 233 feridos, entre brancos e negros».
O Diário de Notícias, matutino de Lisboa (e de que, ao lado, parcialmente reproduzimos a página 5), noticiava incidentes em vários locais luandinos.
Um grupo de negros, por exemplo e no Bairro do Golfe, impediu a Cruz Verme-
lha de remover o cadáver de um negro, morto por uma patrulha militar. No Mota, foi incendiada uma residência e apedrejadas viaturas. Civis negros assaltaram e roubaram civis brancos e um soldado, na Estrada da Brigada.
Os Bairros Rangel e Marçal escaparam aos incidentes mas as forças militares andaram a remover barricadas. Um civil branco armado foi detido, no bairro da Lixeira, depois de fazer vários disparos. Também aqui, um civil negro de um grupo de assaltantes fugiu à perseguição de uma patrulha (abandonando uma pistola) e continuou a remoção de barricadas.
Uma patrulha da PSP foi apedrejada, disparou e deteve 4 elementos de um grupo, entre a Maianga e o Bairro de Alvalade. Um dos detidos era portador de uma bomba.
«Regresso de colonos de Angola e de Moçam- bique». O acontecimento foi notícia do Diá- rio de Notícias de 12/08/1975. Há 45 anos! |
Êxodo dos portugueses
a fugir da... guerra!!!!
O aeroporto de Lisboa registou movimento inusitado, com a chegada de «numerosos portugueses radicados em Angola». E chegou o navio Infante D. Henrique com«cerca de um milhar de colonos de Moçambique».
O Diário de Lisboa desse 12 de Agosto de 1975 noticiava que «reina a calma na cidade de Luanda, de onde os últimos efectivos da FNLA estavam acantonados no Forte de S. Pedro da Barra, foram já retirados». O forte «foi imediatamente ocupado pela tropa portuguesa».
O MPLA, ainda segundo o DL,«mantém as suas posições na capital», enquanto a UNITA «também já retirou da cidade», ficando apenas um funcionário - que iria para Nova Lisboa.
A este dia 12 de Agosto de há 41 anos previa-se «a evacuação das restantes forças da FNLA». Por via marítima, tinham sido retirados os 500 combatentes do seu ELNA que participaram nos recontros do Bairro de Saneamento.
A cidade continuava sem reabastecimentos alimentares (embora sem «atingir o nível de alarme») e faltava café, gasolina e tabaco. Isto, enquanto no sul «a água se torna rara, a carne é difícil de encontrar e o pão inexistente».
Nova Lisboa «assistia» à saída do MPLA, depois do acordo entre os três movi-
mentos, patrocinado pela tropa portuguesa e «depois das violentas confrontações» entre a FNLA e a UNITA, «havendo grande número de desaparecidos (...) saques e destruição de habitações», que o DL atribuía aos dois movimentos.
A situação era tanto mais grave quanto à cidade afluíam «dezenas de milhares de refugiados diariamente provenientes de outras zonas, aguardando o avião que os repatriará para a metrópole». Até em Sá da Bandeira,«cidade até aqui liberta de quaisquer incidentes armados, se regista um crescente aumento de tensão». Assim a Angola que ia ser independente a 11 de Novembro de 1975.
A morte de Maria Amélia,
mãe da Carla do Quitexe !
A mãe de Carla Gaspar, nossa contemporânea do saudoso Quitexe e de Carmona, foi hoje a enterrar no cemitério de Santo André, em Sines.
Maria Amélia Cardoso da Silva tinha 82 anos e era viúva de Carlos Gaspar, fazendeiro muito popular do Uíge e com casa no Quitexe. Membro da família de Ricardo Matos Gaspar (RIMAGA), da Fazenda de Zalala, foi companheiro de bons momentos da nossa jornada africana do Norte de Angola.
Os Cavaleiros do Norte, à distância que não encurta saudade e solidariedade, daqui manda carinhoso abraço a Carla Gaspar, neste momento doloroso de perda física da senhora Sua Mãe. RIP!!!
mãe da Carla do Quitexe !
A mãe de Carla Gaspar, nossa contemporânea do saudoso Quitexe e de Carmona, foi hoje a enterrar no cemitério de Santo André, em Sines.
Maria Amélia Cardoso da Silva tinha 82 anos e era viúva de Carlos Gaspar, fazendeiro muito popular do Uíge e com casa no Quitexe. Membro da família de Ricardo Matos Gaspar (RIMAGA), da Fazenda de Zalala, foi companheiro de bons momentos da nossa jornada africana do Norte de Angola.
Os Cavaleiros do Norte, à distância que não encurta saudade e solidariedade, daqui manda carinhoso abraço a Carla Gaspar, neste momento doloroso de perda física da senhora Sua Mãe. RIP!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário