Cavaleiros do Norte do Parque-Auto: NN (condutor) 1º. cabo Malheiro (com Ricardo, filho do alferes Cruz, ao colo), 1º. cabo Monteiro (Gasolinas), furriel Machado e Canhoto |
A 29 de Dezembro de 1974, há 47 anos e a um domingo, realizou-se no campo do Quitexe mais uma renhida partida de futebol, neste caso entre uma equipa da CCS e outra de civis da vila (e arredores).
Não faço a menor ideia de qual foi o resultado (ganharam os militares...) mas é seguro que nesse já longínquo dia fui «internacional» com umas botas emprestados pelo José Canhoto Pereira, irmão do Alípio Canhoto Pereira.
O Alípio era condutor da CCS e companheiro quitexano da nossa jornada africana do Uíge. O José era atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, rodada para o Quitexe a 10 de Dezembro imediatamente anterior.
O melhor que recordo desse jogo (em que alinhei a defesa central, o lugar da minha formação futebolística) foi de o José, através do Alípio, me ter emprestado as botas e de ter como adversário directo um possante civil, com rótulo de craque e fama de marcador de golos, que me deu baba pela barba mas que exemplarmente «sequei», não sem levar e dar umas valentes pantufadas. Estes jogos, diria, eram pouco «amigáveis».
A história foi-me lembrada pelo Alípio Canhoto Pereira, que vive em Colmeal da Torre (em Belmonte), de onde é natural, e lá trabalhou numas bombas de gasolina. Agora já aposentado, depois de, há uns pares de anos, ter sido notícia televisiva - devido a um assalto em que foi vítima.
«Pedi-as ao meu irmão, para você jogar...», recordou-me ele.
Não faço a menor ideia de qual foi o resultado (ganharam os militares...) mas é seguro que nesse já longínquo dia fui «internacional» com umas botas emprestados pelo José Canhoto Pereira, irmão do Alípio Canhoto Pereira.
O Alípio era condutor da CCS e companheiro quitexano da nossa jornada africana do Uíge. O José era atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, rodada para o Quitexe a 10 de Dezembro imediatamente anterior.
O melhor que recordo desse jogo (em que alinhei a defesa central, o lugar da minha formação futebolística) foi de o José, através do Alípio, me ter emprestado as botas e de ter como adversário directo um possante civil, com rótulo de craque e fama de marcador de golos, que me deu baba pela barba mas que exemplarmente «sequei», não sem levar e dar umas valentes pantufadas. Estes jogos, diria, eram pouco «amigáveis».
A história foi-me lembrada pelo Alípio Canhoto Pereira, que vive em Colmeal da Torre (em Belmonte), de onde é natural, e lá trabalhou numas bombas de gasolina. Agora já aposentado, depois de, há uns pares de anos, ter sido notícia televisiva - devido a um assalto em que foi vítima.
«Pedi-as ao meu irmão, para você jogar...», recordou-me ele.
Alípio Pereira e furriel Viegas em 2018 e em Belmonte |
dos Cavaleiros do Norte
Os irmãos Canhoto Pereira são nativos de Colmeal da Torre, em Belmonte - o José e o Alípio (o mais novo).
Não era muito vulgar, pelo contrário, dois irmãos serem contemporâneos do mesmo batalhão da guerra colonial, mas era este o caso destes dois Cavaleiros do Norte.
O José era atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel. Nascido em 1949, estava emigrado para França e, numa das visitas de férias, foi «apanhado» para o serviço militar. Cumprida a jornada africana, a 11 de Setembro de 1975, voltou a França e por lá fez vida. Teve duas filhas e separou-se, casando-se de novo - em Chaves. Faleceu «há uns 6 anos», vítima de doença cancerosa, disse-nos o Alípio.
O Alípio foi condutor-auto da CCS e também regressou a Colmeal da Torre, em Belmonte - a 8 de Setembro de 1975. Por lá fez vida e trabalhou numa estação de abastecimento de combustíveis - agora já aposentado, pai de duas raparigas e avô de dois netos.
Ambos, como se vê, Cavaleiros do Norte da BCAV. 8423, embora de Companhias diferentes - juntas, todavia, a partir de 10 de Dezembro, no Quitexe.
O 1º. cabo Gabriel Mendes |
Gabriel dos Sapadores
a festejar 69 anos !
O 1º. cabo sapador de infantaria Gabriel Alves Mendes está hoje em festa: comemora 69 anos.
Natural da Covilhã, regressou a a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e logo voltou para França. «Já trabalhava antes da tropa, achei o blog na net e tive de vos ligar» disse-nos ele, depois, acrescentando de ter andado a «cuscar» este espaço de memórias dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
«Encontrei fotografias de tanta gente daquele tempo, ai quantas saudades eu sinto daquela malta toda...», disse ao blogger.
«Foi supervisor na Oxford, da Wagon, agora já estou aposentado», contou-nos, de sorriso rasgado e feliz, por reencontrar parte da sua família militar de Angola. Por lá e para além das funções de sapador de infantaria, as da sua especialidade militar, foi também padeiro e cantineiro, no bar dos praças. Além de tocador de viola, chegando a fazer coros instrumentais na Igreja de Santa Maria de Deus do Quitexe, a do padre Albino Capela!!!
«Estou reformado e foi acabar os meus dias nas Cortes do Meio. Lá vou voltar», disse-nos o Gabriel Mendes.
Grande abraço! Parabéns!!!
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