A placa de entrada na vila uíjana do Quitexe, na Estrada do Café e do lado de Carmona. Imagem de 1974/1975 |
Cavaleiros de Aldeia Viçosa na piscina de Carmona: alferes João Machado (atrás) e furriéis José Fernando Melo, António Artur Guedes e António Carlos Letras. Boa adaptação aos meios urbanos! |
Os dias de Março de 1975, há 47 anos das nossas vidas, passavam-se mais ou menos despreocupados pelo Uíge angolano e, na cidade de Carmona, os Cavaleiros do Norte da CCS e da 2ª. CCAV. 8423 cada vez mais e melhor se adaptavam aos hábitos urbanos.
O pormenor não é (era) despiciendo, pois a esmagadora maioria dos ntão recém-aquartelados no BC12 e messes de sargentos e oficiais eram «debutantes» em cidades, muitos deles oriundos dos interiores mais distantes do Portugal Continental. Quantos deles saíram das suas aldeias pela primeira vez, para irem para a tropa? Eram a esmagadoria. Muitos poucos tinham redsidência e hábitos urbanos.
Os serviços de Polícia Militar - por lá baptizada de Polícia de Unidade e exercida por equipas lideradas pelos furriéis milicianos Neto, Viegas e Guedes, outros na ausência destes... - tinham, também por isso, papel determinante, não só para «garantir a melhor apresentação do pessoal militar» - e nisso era particularmente exigente o comandante Carlos Almeida e Brito - como, principalmente, para aprudentar eventuais quezílias com a população civil». E esta, em abono da verdade e salvo as sempre honrosas excepções - pouco simpática era para com a tropa.
Diário de Lisboa de 13/03/1975 |
O MPLA, o 11 de
Março e o MFA
O golpe contra-revolucionário de 11 de Março de 1975, em Lisboa, continuava a ser (pouco) falado entre os Cavaleiros do Norte do CAV. 8423 mas de 13 de Março de 1975 há notícias do apoio do MPLA ao MFA, declarando-se «solidário com todas as forças progressistas portuguesas».
A afirmação foi de Paulo Jorge, responsável pelas Relações Exteriores do movimento de Agostinho Neto e captadas em Argel, capital da Argélia, pelas agências ADN e ANI, e depois reportadas pelo Diário de Lisboa.
«Felizmente, o Movimento das Forças Armadas pôde derrotar esta tentativa e salvaguardar assim, as conquistas da revolução de 25 de Abril e assegurar o processo de descolonização em curso», acrescentou Paulo Jorge.
António Lago, em imagem recente e, ao lado, em 1974 e em Angola |
anos em Lisboa !
O António Henrique Nunes Lago foi soldado da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala, está hoje em festa, dia 14 de Março de 2022: comemora 71 anos em Lisboa.
Cavaleiro do Norte rádio-telegrafista de especialidade militar e por terras da Angola integrando a equipa furriel miliciano João Dias, passou também por Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975. À Rua Cidade da Horta, na Pontinha, então de Loures e agora do concelho de Odivelas.
Reside em Lisboa, onde exerceu a actividade de joalheiro, agora já naturalmente aposentado. Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
70 anos no Fundão !
O 1º. cabo Mário Manuel das Neves Amaro, dos Cavaleiros do Norte da Fazenda de Zalala, festeja 70 anos no dia 14 de Março de 2018. Hoje e como ontem já aqui falámos.
Hoje acrescentamos a imagem, relativamente recente deste nosso companheiro d´armas da jornada angolana do nortenho Uíge, que nasceu palas bandas de Belmonte de Pedro Álvares Cabral e agora mora pelos lados do Fundão. O nosso repetido e amigo abraço de parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário