CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 30 de março de 2022

5 757 - Patrulhamentos mistos no Úcua e protocolo violado e latente tensão em Luanda...

Comício em Aldeia Viçosa, vila do Uíge angolano onde esteve aquartelada a
a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz, entre
os dias 10 de Junho de 1974 e 11 de Março de 1975

Grupo de Cavaleiros do ECAV. 401, que há 47 anos e com
 Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, fizeram patrulha-
mentos mistos a Úcua, Salazar (actual N´Dalatando) e
Quibaxe. À direita, está o furriel Sá


As medidas militares tomadas pelo comando do BCAV. 8423, há 47 anos, «foram muito bem aceites» pelos movimentos e eram «analisadas diariamente e concretizadas em reuniões do Estado Maior conjunto».
As reuniões realizavam-se às 4ªs.-feira e o livro «História da Unidade», o BCAV. 8423, sublinha mesmo que tal «tem sido a origem do clima da paz que se vive no 
Dragões do ECAV. 401 do GC1
distrito, constituindo-se esta equipa de trabalho um exemplo para terceiros, pelo que está, até mesmo, a ser itinerante»
Assim, e ainda segundo o Livro da Unidade, «dentro deste contexto, houve contactos a vários níveis com os movimentos das áreas de Salazar, Quibaxe e Úcua, com forças do Esquadrão de Cavalaria 401 e da 2ª. CCAV. 8423, o qual se realizou a 31 de Março de 1975»Há precisamente 42 anos.
Salazar, a cidade, entenda-se a actual cidade de N´Dalatando, que, assim como Úcua e Quibaxe são próximas de Carmona (a actual Uige). Estas duas localidades ficamna Estrada do Café, a de Carmona (a actual cidade do Uíge, capital da província do mesmo nome) para Luanda. 
O Quibaxe pertence ao município dos Dembos, na província do Bengo. Úcua é do município do Dande e também da província do Bengo. Aldeia Viçosa, onde se aquartelou a 2ª. CCAV. 8423 (ao tempo já no BC12, em Carmona), é uma comuna angolana da província do Uíge.
Os furriéis Cruz e Viegas no separador ajardinado da
 avenida do Quitexe, em 1974. Atrás, vê-se o Bar dos
 Soldados (à direita) e a cobertura onde eram dadas
 as aulas regimentais do BCAV. 8433


Protocolo violado e
latente tensão em Luanda

Os graves incidentes de Luanda tinham diminuído de intensidade, já depois da assinatura do protocolo entre o Governo Português e os três movimentos de libertação.
«Nas últimas 48 horas, houve violação do protocolo (...), mas estas ocorrências não prejudicam o regresso à normalidade, ou à quase normalidade, embora se pressinta um estado de latente tensão», noticiava o Diário de Lisboa, na pena do enviado especial José Salvador, precisando que «no momento em que telefono, há tiroteio na Avenida do Brasil, onde está instalada a sede da FNLA, embora desconheça os pormenores relativos ao incidente».
Era para esta cidade que os furriéis milicianos Cruz e Viegas estavam de malas feitas, para férias que os levariam (e levaram) a conhecer parte da mágica e imensa Angola - começando precisamente pela capital angolana.  
Nogueira e furriéis Viegas e Oliveira, do
Liberato, em Dezembro de 2012. Ao lado,
o c
apitão Victor e o furriel Oliveira, ambos
da CCAÇ. 209/RI 21,  do Liberato


Furriel Oliveira do Liberato 
em festa de 71 anos !!!

O furriel miliciano José Marques de Oliveira, da CCAÇ. 209/RI 21, da Fazenda do Liberato, festeja 71 anos a 1 de Abril de 1975. 
O nascimento não foi, não foi mesmo..., engano do dia 1 de Abril!
Vagomestre de especialidade militar e combatente da CCAÇ. 209/RI 21, é n
atural do Caramulo, estudou em Águeda e foi companheiro de turma em vários anos de estudo do editor deste blogue na Escola Industrial e Comercial de Águeda. Aqui se radicou, aqui fazendo carreira profissional e onde reside - diariamente espalhando a sua forma física em crosses pelos arredores da cidade. 
Já reformado da Caixa Geral de Depósitos e é lá que amanhã comemorará 71 anos!
Grande abraço, caro Zé Marques (o furriel Oliveira, não esqueçamos) - assim então e hoje nos conhecemos nos tempos escolares. Parabéns, pá!

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