O comandante Bundula, da FNLA, e o capitão Cruz, da 2ª. CCAV. 8423, em Aldeia Viçosa (1975). De costas, o alferes Machado |
«O fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência, situações de acalmia em todo o território», admitia-se ao tempo, como se lê no livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
Aparentemente, assim se desejava e assim seria, os movimentos emancipalistas fariam enraizar nas populações os seus ideários políticos e sociais e caminhar-se-ia para a paz e a independência.«Daí, com maior ou menos facilidade, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização», previa o tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante dos Cavaleiros do Norte.
Forças Mistas de Angola
alferes Fernando Ramos !
Ao tempo, fomentava-se a criação das chamadas forças mistas - que deveriam ser (e não foram) o futuro Exército Nacional de Angola - e as posições militares portuguesas eram ocupadas pelos nacionalistas.
Assim aconteceu com Vista Alegre e Ponte do Dange, de onde saiu a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, do capitão miliciano Castro Dias, a 24 de Abril de 1975. E Aldeia Viçosa, a 26, comandada pelo capitão José Manuel Cruz.
Os "zalalas» rodaram para o Songo, com um destacamento em Cachalonde. Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa para Carmona, instalando-se no BC12 - onde, desde 2 de Março, já estava a CCS. Foi por estes dias que, ido de Luanda, se apresentou na 2ª. CCAV. o alferes miliciano Fernando António Morgado Ramos, atirador de infantaria e que agora e advogado em Vila Nova de Foz Coa.
Os "zalalas» rodaram para o Songo, com um destacamento em Cachalonde. Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa para Carmona, instalando-se no BC12 - onde, desde 2 de Março, já estava a CCS. Foi por estes dias que, ido de Luanda, se apresentou na 2ª. CCAV. o alferes miliciano Fernando António Morgado Ramos, atirador de infantaria e que agora e advogado em Vila Nova de Foz Coa.
O Lages, atrás do balcão do bar de sargentos da CCS do Quitexe, com os furriéis João Cardoso, António Cruz, José F. Carvalho e Grenha Lopes |
para Angola !
Um ano antes, o dia 6 de Maio de 1974, foi uma segunda-feira e o quarto da Instrução Altamente Operacional (IAO) que o Batalhão de Cavalaria 8423 (BCAV. 8423) fazia na Mata do Soares, nos arredores do Campo Militar de Santa Margarida.
A partida para Angola já tinha data marcada: dia 27 de Maio. Mas seria, afinal, adiada por dois dias - quando, a 29, de Lisboa e sobre a rota Rota do Atlântico, a CCS finalmente voou para Luanda.
Os países africanos não autorizavam que aviões portugueses sobrevoassem o seu espaço aéreo.
O dia foi também tempo para o Carlos Alberto Aguiar Lajes, atirador de Cavalaria do PELREC, voltar ao Hospital Militar Regional nº. 3 (em Tomar), para nova consulta externa de cardiologia. Voltou às 15 horas e já lá tinha estado e de lá voltado no dia 3 desse Maio de há 48 anos.
O Lages iria a ser, no Quitexe, o homem do bar e da messe de sargentos.
Inácio de Aldeia Viçosa,
70 anos na Covilhã !
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, o João Francisco da Silva Inácio (é este o seu nome completo) jornadeou pelo norte de Angola começando pela vila de Aldeia Viçosa e continuando em Carmona, no BC12, antes de rodar para o Campo Militar do Grafanil, nos arredores de Luanda - local da derradeira etapa da sua presença em terras de Angola.
Regressou a Portugal e a Cortes do Meio, freguesia do concelho da Covilhã, a 10 de Setembro de 1975. Por lá tem feito vida e para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário