CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quinta-feira, 12 de maio de 2022

5 800 - O furriel Costa que, de pulso engessado, se fez passar pelo furriel Dias...



O furriel Dias teve um acidente e fracturou um pulso (foto de cima). Mas foi o Costa (em baixo) a mandar a foto para Portugal, com o pulso do Dias. O caso só foi esclarecido 38 anos depois. Há 9, em 2013 e em Odivelas
O furriel Victor Costa
da 1ª. CCAV. 8423


Há 47 anos e aí por 12 ou 13 de Maio de 1975, no Songo, o furriel miliciano João Custódio Dias, especialista de transmissões da 1ª. CCAV. 8423, quis sair pela parte lateral à cancela da entrada do aquartelamento mas, desconhecendo que o capim escondia arame, deu um bruto de um trambolhão, que lhe provocou uma fratura de um dos ossos do pulso esquerdo. 
O enfermeiro Jorge Barreto - infelizmente falecido a 2 de Novembro de 2020, de doença! -, atento e pressuroso, logo o assistiu no quartel, mas no dia seguinte teve de ir ao hospital civil de  Carmona, onde lhe imobilizaram o braço.  
A fotografia de cima mostra o João Dias, no local do «crime» - do acidente, melhor dizendo.... -, uma semana depois.
A história é esta, igual a muitas outras. Estava para vir a outra - a que envolve o Costa - o também furriel miliciano Victor Moreira Gomes da Costa, atirador de Cavalaria e que se vê aqui ao ldo e «engessado».
O Costa, numa daquelas brincadeiras da idade e da época, resolveu tirar uma fotografia com o braço do... Dias. É a que se vê aqui ao lado. 
«Tratou-se de um arranjo, na tomada de vistas, porque na altura desconhecíamos  as técnicas laboratoriais de manipulação fotográfica e de fotografia digital nem sequer se falava», recorda o Dias, fazendo memória dessa brincadeira de há 47 anos.
O certo e/o errado, porém, é que o Costa, por inadvertida brincadeira que se viria a tornar complicada, enviou a fotografia aos pais e teve, depois, dificuldade em convencê-los de que o braço não era o dele.  E não é que não convenceu mesmo?!!!
A dúvida só foi esclarecida 38 anos depois!!!, quando o João Dias se encontrou com o Victor Costa, em Odivelas, e o «caso» foi lembrado. «Conheci a mãe do Costa, a sra. D. Blandina, foi recordada a história e confirmado o episódio e, de uma vez por todas, confirmada a realidade», disse o Dias, à conversa com o blogue.
José Mendes, 1º. cabo TRMS da CCS, com o
furriel Viegas, em Abril de 2016 e em Lisboa

Mendes, 1º. cabo TRMS,
faz 70 anos em Lisboa

O José da Fonseca Mendes foi 1º. cabo de transmissões e comemora 70 anos a 13 de Maio de 2022 e em Lisboa. Amanhã.
Empresário do sector da restauração, é natural de Alvoco da Várzea, em Oliveira do Hospital, «emigrou» para Lisboa aos 10 anos e por lá foi ardina, electricista e merceeiro, até que, aos 18, entrou no ramo da restauração, colaborando com um irmão que já por lá fazia pela vida. 
Cumpriu o serviço militar e, de volta a Portugal e a Lisboa,  depois da jornada angolana do norte, pelas uíjanas terras de Quitexe e de Carmona, continuou a trabalhar na área da restauração, na Praça da Armada, e, em 1987, já lá vão 35 anos..., abriu o (seu) próprio Restaurante A Travessa, na Travessa das Necessidades - que continua a gerir.
Parabéns e grande abraço de felicitações, pelos 70 anos que amanhã vai festejar! Em dia 13 de Maio!  


Guerreiro de Aldeia Viçosa
trabalha e vive em Olhão !

O soldado José Casimiro Rodrigues Guerreiro foi Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, vive em Olhão, de onde é, e fez vida como pescador, mestre de embarcação de que era proprietário. 
Ontem, dia 11 de Maio de 2022, festejou 70 anos.
Integrou a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, e dela saiu depois de Outubro de 1974, devido a motivos disciplinares. O furriel miliciano João Dias, da 1ª. CCAV. 8423, «achou-o» em Olhão e em 2017. 
«Disse-me que esteve em mais companhias, mas não soube concretizar. Notei-o um pouco confuso e reservado, apenas com a certeza de que a comissão em terras de Angola foi muito atribulada», disse o Dias, lembrando que «integrava a 1ª. CCAV. 8423 quando regressámos, ou pelo menos consta de uma lista que foi elaborada e distribuído um exemplar a todo o efectivo»
O furriel António Artur Guedes, da 2ª. CCAV. 8423, na qual o Guerreiro esteve de Junho a Outubro de 1974 (pelo menos), lembra-o como «um algarvio que era muito indisciplinado» e que «foi punido várias vezes».
Parabéns!



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