CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sábado, 25 de junho de 2022

5 844 - Violas e músicas em noites de Natal e Ano Novo do Quitexe de 1974 !


Violas e músicas em trio improvisado na noite da consoada do Natal de 1974: os
 furriéis milicianos Peixoto, Neto e Viegas no quarto «Águeda» do Quitexe

O «violeiro» Viegas, furriel da CCS, que de
música ainda hoje nada sabe. Quanto mais tocar

Os «tempos mortos» ganhavam vida nas loucuras dos jovens Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 que, pelos chão do Uíge, jornadeavam a sua missão africana por terras e chãos de Angola.

A caminho no país novo!

 Não passe pela cabeça de ninguém que andávamos nós, coitadinhos!!!..., todos constrangidos e amargurados lá pelo Quitexe, sofrendo e gemendo num vale de lágrimas e tristezas que nos tornariam infinitamente infelizes. Nem pensar!! As duas fotos são disso exemplo, embora ambas bem fraquinhas de qualidade, graças a Deus. 
A da direita e aqui mesmo ao lado, vejam lá, mostra-me de viola embalada no peito e a dedilhar quaisquer desajeitadas notas, em pose de virtual artista!! Como se soubesse eu tocar coisa alguma! 
A amostra, aliás, não passa de brincadeira de uma noite muito especial: a do Natal de 1974! Por cá, embrulhados de lãs, samarras e bilharacos, com bom vinho tinto degustado à lareira, se preocupariam parentes e amigos com os pobres diabos «exilados» na tropa angolana... Nós por lá, porém, depois do bacalhau comido no refeitório geral e das palavras de bem-dizer e bom querer debitadas pelos nossos estimados comandos, fomos refeiçoar afectos para a casa dos furriéis. 
Bom vinho, eu lembro que foi. Com chocolates, suponho! E febras de bacalhau cru. Com música desajeitadamente dedilhada por quem de música só sabe o nome das notas da pauta. Mas foi um festão!!! 
E quem se lembra desta noite, quem? Eu, claro, ó Monteiro, ó Neto, ó Pires de Bragança, ó Rocha, ó Peixoto, ó não sei quantos mais! «Ódepois», na noite de passagem de ano (creio eu), vejam só o trio: o Peixoto ( o voz, de micro e balde na mão, para fazer percussão?!), o Neto (viola-ritmo, digo eu...) e eu (viola-solo, ou o quê?!...). Ganda grupo, pá! Nambuangongo teve honras de um improvisado playback de truz!!! 
Um playback emocionado, cantado e decantado, repetido e adulterado, entre fartos goles de vinho tinto comprado algures em Carmona! E aquela canção dos pretinhos da Guiné, cujo nome agora não me recordo! Quais galas da canção da RTP, da SIC ou da TVI, quais quê?! Foi um fartar de vida bela, com picantes sátiras à nobreza dos apelidos de D. Peixoto. Taveira de Peixoto, pois então!!! Que fino!!! 
- PEIXOTO. João Domingos Faria Taveira de Peixoto, furriel miliciano, de Braga, professor aposentado e morador em Braga.
Condutores da CCS: Alves e Canhoto
 (atrás), Serra (que hoje faz 70 anos),
Picote (falecido a 12/8/2018) e Gonçalves

Delfim Serra

Condutor Serra, 70 anos 
em S. Pedro da Cova!

O Serra, soldado condutor-auto da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, está hoje em festa, neste sábado que é dia 25 de Junho de 2022: comemora 70 anos!
Militar do Parque-Auto comandado elo alferes miliciano António Albano Cruz, Delfim de Sousa Serra era, ao tempo da sua comissão militar, morador da Rua do Poço de Fátima, em S. Pedro da Cova, no  concelho de Gondomar. E lá voltou a 8 de Setembro de 1975, concluída a sua (e nossa) jornada africana de Angola. Por lá fez vida e lá continua, agora reformado e a viver na Rua das Mimosas.
É participante de sempre dos encontros da CCS (não falta a nenhum e é leitor diário deste blogue) e neste dia feliz do seu aniversário, para ele vai o nosso abraço de parabéns! E muitos  mais, muitos mais e muito bons anos de vida!

Cozinheiro Alcino
faleceu há 28 anos!

O soldado cozinheiro Alcino Fernandes Pereira, da CCS do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 28 anos - no dia 25 de Junho de 1994.
Cavaleiro do Norte do Quitexe (e depois de Carmona), era natural do lugar da Benfeita, da freguesia de Cortegaça, no concelho de Mortágua - onde nasceu a 5 de Julho de 1952 e aonde voltou a 8 de Setembro de 1975.
A vida profissional e familiar levou-o para para a zona da Grande Lisboa e faleceu aos quase 42 de vida, quando morava em Idanha, no concelho de Sintra. Nada mais sabemos dele, apesar das tentativas feitas.
Hoje, 28 anos depois do seu passamento, supomos que por doença, recordamo-lo com saudade! RIP!

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