Quitexe, messe de sargentos do BCAV. 8423 e um quinteto de furriéis milicianos: António Flora, Luís Costa (dos Morteiros), Agostinho Belo, Francisco Bento e Joaquim Abrantes (adido) |
O dia, exactamente por ser uma segunda-feira, era dia sem correio de Portugal para os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, o que, aliás, era habitual.
A Luanda, na verdade, não chegavam aviões de Lisboa nesse dias da semana e, logo por isso, não chegava aerogramas - os famosos «bate-estradas» que tantas notícias e promessas de amor carrearam de um lado para o outro, da Angola africana para o europeu Portugal.
As informações das famílias e dos amigos não chegavam mas, de Portugal, ainda que muito limitadas - apenas pela onda curta da Emissora Nacional, a actual RDP, que por lá se ouvia com algumas dificuldades, cheia de ruídos - chegava muito noticiário, muito politizado e que nós, a mais de 6 000 quilómetros, entendíamos menos bem.
Noticiário muito revolucionário, à moda do tempo.
Os furriéis milicianos José F. Melo, António Guedes e Carlos Letras (a frente) e António Cruz (atrás), nas piscinas de Carmona e em 1975 |
Melo, furriel de Aldeia
Viçosa, «ressuscitado» e
com 72 anos em Leiria!
O furriel miliciano José Fernando Noro Dias de Melo, Cavaleiro do Nort da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festejou 72 anos a 9 de Fevereiro de 2024.
Ontem e em Leiria! Atirador de Cavalaria de especialidade militar, regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do norte de Angola, por terras uíjanas, e à Granja do Ulmeiro, em Soure, de onde é natural.
Fez carreira profissional nas Brigadas de Trânsito (BT) da GNR, aposentado há vários anos, e sabemos, por cortesia e disponibilidade de Casal da Fonseca (nosso antecessor no Quitexe, da CCS do BCAç. 3879, e que a casa dele hoje mesmo foi), que está cheio de genica, embora preocupado com a saúde da esposa e de uma filha. E revoltado com a bárbara morte de um filho - que, contou-no ele, foi que nos disse ter sido agredido com objecto contundente, na estrada, há 16 anos, tendo sido, segundo a sua versão, simulado um acidente de viação para absolver o(s) agressor(es).
O morto que, afinal
estava(á)... vivo!
A vida não tem sorrido ao Melo, que tem alguns problemas de saúde e, há 13 anos, em 2011, foi até aqui dado como morto, devido a doença. Mas, afinal e felizmente, estava vivo. E está.
A 22 de Junho desse ano, demos conta da «ressurreição» e em Agosto visitámo-lo na sua casa de Leiria - onde nos emocionámos pela dita «ressurreição» e pelas memórias que desfiámos a nossa jornada de África e por terras do norte de Angola.
Aos dias de hoje e assumindo as dores da morte do filho e da saúde da esposa e filha, continua impetuoso, como o conhecemos, e responsavelmente assumindo o cuidado e criação de netos. Revoltado com o mundo mas sempre resistente. afirma-se tranquilo
Assinalamos os 72 anos que ontem completou e renovamos nosso abraço amigo e solidário, embrulhado em farros parabéns!
Cavaleiros do Norte da CCS: 1º. cabo Agostinho Teixeira, alferes António A. Cruz e condutor Gaiteiro, que hoje festeja 72 anos em Perafita |
Gaiteiro, condutor da CCS,
faz 72 anos em Perafita !
O soldado condutor-auto Américo Manuel da Costa Nunes Gaiteiro, da CCS do BCAV. 8423, comemora 72 anos a 10 de Fevereiro de 2021. Hoje mesmo!
Cavaleiro do Norte na vila do Quitexe e na cidade de Carmona, regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 - à sua Perafita de residência, em Leça de Palmeira, concelho de Matosinhos. Trabalhou anos a fio na Petrogal e já há vários anos que está aposentado.
Corajosamente, tem enfrentado uma série de delicados problemas de saúde, prostáticos e da bexiga, mas sem deixar «falecer» a sua eterna boa disposição e irreverência. Sempre igual!
Mora em Perafita e, para lá e para ele, vai o nosso forte abraço de parabéns!
Sem comentários:
Enviar um comentário