CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

7 356 - O BCAV. 8423, há 49 anos, era pretendido pela Região Militar de Angola e pela ZMN!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, da mítica Fazenda de Zalala, mas aqui já em Vista Alegre e no Natal de
 1974. Da esquerda para a direita, o 1º. cabo 
Hélio Cunha, Fernando Coelho (falecido a 7/10/2000), José Almeida
 (de pé), José Aires, 1º. cabo Ângelo Lourenço, Carlos Costa (f. a 24/04/2015), António Lago e furriel miliciano
João Dias - que hoje festeja 72 anos em Tomar!
 

A ZMN/CSU, agora Tribunal Militar do Uíge, na cidade de
Carmona, a 24/09(2019, quando por lá passou o furriel Viegas



A extinção do Comando do Sector do Uíge (CSU) ocorreu a 13 de Fevereiro de 1975, há 49 anos, pelo que o Batalhão de Cavalaria 8423 «passou nessa data à dependência directa da ZMN» - a Zona Militar Norte, instalada em Carmona, a capital do Uíge e com este nome adoptado após a independência de Angola.
Os Cavaleiros do Norte, por esse tempo, continuavam expectantes sobre o seu futuro próximo, com o (seu) BCAV. 8423 «pretendido pela Região Militar de Angola e pela ZMN». Na espera e o mais serenamente que lhes era possível, continuavam aquartelados no Quitexe (a CCS e a 3ª. CCAV., vinda da Fazenda Santa Isabel), em Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.) e Vista Alegre, com um Destacamento na Ponte do Dange (a 1ª. CCAV., que tinha rodado de Zalala).
Os movimentos independentistas, agora na sua fase de formação como partidos (na verdadeira acepção), continuavam a sua actividade de politização dos povos, procurando atraí-los para as suas ideias. Agostinho Neto, em Luanda, afirmava o seu MPLA como «vencedor, depois de uma luta heróica de 14 anos». E, por isso, acrescentou, «não vamos consentir que o povo seja de novo oprimido». Disse também que o MPLA estava «a trabalhar no sentido da reintegração dos elementos que compõem a chamada Revolta Activa» - Gentil Viana e os irmãos Joaquim e Mário Pinto de Andrade -, mas, segundo o «Diário de Lisboa» desse dia, «atacou frontalmente e presença no país do Grupo Chipenda», já que, «dispondo de uma força armada pode ser um a fonte de conflitos armados».
O presidente Agostinho Neto falava na sua primeira conferência de imprensa, depois da sua chegada a Luanda, e frisou que «o povo angolano, depois de 14 anos de luta, não vai consentir mais nenhuma opressão».
«Para nós, com o povo no poder é que pode haver democracia. Se assim não for, será como no tempo do colonialismo»
, sublinhou o futuro Presidente de Angola, acrescentando que «só com o povo no poder é que pode haver democracia».
O 1º. cabo Dorindo Santos e
o furriel João C. Dias


Dias, furriel TRMS, 1º. cabo
Dorindo e soldado Canelas
de Zalala festejam 72 anos!


A terça-feira de Carnaval de hoje, dia 13 de Fevereiro deste ano de 2024, é dia de anos (os 72!!!...) de três Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala: o furriel miliciano João Dias, o 1º. cabo Dorindo Santos e o soldado Orlando Canelas. 
Há 49 anos e lá pelos chãos angolanos do norte, nem «deram» para reparar na coincidência, mas não deixaram, cada um a seu modo, de o assinalar. Pudera..., eram então os fresquíssimos 23 anos que
festejavam!!!
- DIAS: O furriel miliciano João Custódio Dias era especialista de Transmissões e passou esse aniversário de 1975 na cidade de Luanda, onde estava em serviço. O seu trajecto profissional passou pela inspeção da Polícia Judiciária (PJ) e, já aposentado, continua a morar em Tomar, dividindo-se com a sua casa da algarvia Quarteira e a agricultura de 
O furriel João C. Dias e o
soldado O. Canelas Martins
Ourém - onde nasceu. É habitual e precioso colaborador desta página de saudades do BCAV. 8423. 
- DORINDO: O 1º. cabo Dorindo dos Santos era mecânico-auto dos «zalalas», do grupo zalaliano coordenado pelo furriel miliciano Manuel Dinis Dias (também mecânico-auto e falecido a 20 de Outubro de 2011, de doença e em Lisboa).
Concluída a sua jornada africana do Uíge angolano do norte, voltou ao Soalhal, povoação de S. Salvador, no município de Ílhavo, onde constituiu família e profissionalmente trabalhou nas famosas e prestigiadas Porcelanas da Vista Alegre. 
Agora já reformado, por lá continua a viver e onde, há bem poucos anos, foi procurado e «achado» pelo furriel miliciano João Dias (TRMS) e com ele foi fotografado (imagem ao lado).
- CANELAS: O soldado Orlando Canelas Martins, por lá popularizado como o Cabide (vá lá saber-se porquê!..., alguém se lembra?), foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e integrou o 4º. Grupo de combate - o do alferes milicianos José Lains dos Santos e dos furriéis milicianos Américo Rodrigues (falecdo a 30 de Agosto de 2018, de doençae em Vila Nova de Famalicão), Jorge Barata (falecido a 10 de Outubro de 1997, de doença e em Alcains) e José Louro.
Ao tempo de 1975, regressou a Olivais Norte, em Lisboa (onde residia), e, profissionalmente trabalhou como operador de máquinas de terraplanagem. Vive agora em Santa Maria de Azóia, no concelho de Loures.
Parabéns para os três, em triplicado: Parabéns, parabéns, parabéns!!!

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