O BC12, em Carmona, na estrada para o Songo. A fachada principal, vista do
lado da cidade (em cima) e parada (em baixo). Casernas dos praças, à esquerda
A animosidade era surpreendente, digo eu. As Forças Armadas, e falamos dos Cavaleiros do Norte com natural conhecimento de causa, sempre assumiram as suas obrigações operacionais, garantindo a segurança das populações (de qualquer cor, raça ou credo), ao tempo do Quitexe (onde continuava a 3ª. CCAV.), de Zalala, de Aldeia Viçosa, de Santa Isabel, ou de Vista Alegre e Ponte do Dange - fosse por onde fosse que passou a sua jornada africana.
Um aspecto por aqui pouco falado tem a ver com as funções sociais exercidas pelas Forças Armadas, normalmente ignoradas por muita gente que, ainda hoje, fala dos homens das várias jornadas africanas, com desdém e inverdades.
Alguns dados curiosos, sobre a Angola de há precisamente 39 anos, estavam os Cavaleiros do Norte pelo Uíge:
1 - 516 militares exerciam funções docentes. Apoiavam:
2 - 9 556 alunos do ensino primário.
3 - 439 no secundário, e
4 - 86 no técnico.
A nível sanitário, as Forças Armadas:
5 - Prestaram apoio sanitária a 79 500 pessoas.
6 - Forneceram 6000 contos de medicamentos, e
7 - Realizaram 3 899 intervenções cirúrgicas, e
8 - 500 contos de obras de assistência social.
Tudo isso vale o que valeu, é verdade, mas não seria por estas e outras razões, obviamente, que se semeava e multiplicava semelhante animosidade à tropa. Por nós, Cavaleiros do Norte, não temos dúvidas; cumprimos a nossa jornada com honra, de compromisso assumido, com orgulho.
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