O mítico Polo Norte, um dos pontos de encontro dos militares, na baixa da Luanda. Em frente, a avenida que ia dar à ilha e onde ficavam o Amazonas e o Baleizão. Para trás, outro ícone da tropa: a Portugália (foto da net)
Os três iam analisar a situação angolana, nomeadamente as razões que separavam os três movimentos emancipalistas - que, como referia um despacho da Agência Reuters, de faz hoje precisamente 39 anos, «ameaçam transformar em guerra civil o processo de descolonização». No essencial, os três países iriam analisar o tipo de apoio que davam (e iam dar) aos movimentos.
O MPLA tinha forte ajuda da Tanzânia e da Zâmbia, a FNLA do Zaire. Jonas Savimbi, da UNITA, que ia chegar a Angola dentro de dias, também tinha procurado apoio junto de Nyerere (Tanzânia) e Kaunda (Zâmbia).
No norte de Angola e junto à fronteira, em zona imediatamente acima dos Cavaleiros do Norte, a FNLA ia ocupando antigas instalações militares portuguesas da área de S. Salvador do Congo. Por exemplo, em N´Kiende - onde teria cerca de 2000 homens em treino de «comandos».
Por Luanda, em jornada de amigos, eu e o Cruz, achámo-nos no Polo Norte, com o Alberto Ferreira, onde apaparicámos gelados (coisa fina, ao tempo...) e saímos para o Amazonas, mais à frente. Lá «voaram» uma mão-cheia da canhangulos, que apertava sede, «forrada» pelo farto piri-piri da hora de almoço. A tarde foi de passeatas no Toyota do Resende, de uma saltada ao Grafanil e ao cemitério de Catete e de uns camarões com Cuca´s na restinga da ilha. A noit, teve parte passada no Pisca-Pisca, entre luzes fuscas e vermelhas - até ao regresso, já de táxi, ao conforto do Katekero, no largo Serpa Pinto.
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