A Casa dos Furriéis, no Quitexe. No mesmo edifício, à direita, era a secretaria. Ao fundo, do lado esquerdo, vê-se a torre da capela. O capitão José Paulo Fernandes e o 1º. sargento Marchã (em baixo)
A 28 de Abril de 1975, eu e o Cruz preparávamos as malas para voltarmos a Carmona. Lá se iam ido as férias, depois da uma rota angolana que nos levou ao sul e a sítios de que hoje, passados 39 anos, sinto imensa saudade. Onde gostaria de voltar!
Savimbi tinha chegado a a Luanda no sábado anterior, dia 26, e, vagamente, víramos a sua chegada a um hotel perto da Portugália. Apelou a uma cimeira entre UNITA, MPLA e FNLA - que, disse, «ter a certeza de reduzir a tensão entre os três movimentos de libertação». Da parte do seu, a UNITA, anunciou que, caso ganhasse as eleições, formaria um governo de coligação. Estivera dias antes reunido com Agostinho Neto, em Lusaka, mas não quis dizer do que falaram.
Em Luanda, não sabíamos, mas estávamos em véspera de graves incidentes na cidade. Que iria afectar a nossa partida para Luanda.O recolher obrigatório estava marcado para as 21 horas.
Os Cavaleiros do Norte, em Carmona, viviam a necessidade de controlar, ou apaziguar, as diferenças entre FNLA e MPLA. Houve necessidade, lê-se no Livro da Unidade, de «fazer intervenção a conflitos diversos», como o que, no diz 13 desse Abril de 1975, implicou uma corajosa intervenção do alferes Meneses Alves - que de resto, lhe valeu um louvor.
A 28 de Abril de 1975, o comandante Almeida e Brito, na continuação das suas visitas às subunidades, esteve no Quitexe, onde aquartelava a 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes. Já lá estivera dois dias antes, neste caso com o capitão José Paulo Falcão (o oficial adjunto).
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