Jardim público do Quitexe, em foto recente. Muito igual ao nosso tempo, até as casas
da Estrada do Café. O obelisco já não tem o símbolo do BCAV. 1917. Em baixo, notícia
do Diário de Lisboa sobre a pré-cimeira de Mombaça
Os dias do Quitexe, de Aldeia Viçosa e Vista Alegre - a ZA dos Cavalerios do Norte - iam passando, no alvor de 1975, com as convencionais escoltas, a segurança na estrada do café e os serviços de ordem. A actividade operacional tinha cessado e expectava-se sobre as negociações entre o três partidos, no Quénia.
Quem dera que corressem bem!!!, expectavam os Cavaleiros do Norte
"O Governo Português congratula-se com os resultados positivos obtidos nas conversações havidas em Mombaça, entre as delegações dos três movimenos emancipalistas de Angola», referia um comunicado da Presidência da República e da Comissão Nacional de Descolonização, a 6 de Janeiro de 1975 e a propósito da conversações de três dias, entre o MPLA, a UNITA e a FNLA, no Quénia - de que temos falado nos últimos dias deste blogue.
As conversações, relata a imprensa da época (que respigamos do Diário de Lisboa), resultaram num «acordo que representa um passo decisivo para o processo de descolonização de Angola».
A declaração conjunta considerava o Enclave de Cabinda como «parte inalienável do território» e também «a disposição para travarem as necessárias conversações com Portugual, aceitando a data e o local propostos por Lisboa».
Os presidentes Agostinho Neto (MPLA), Holden Roberto (FNLA) e Jonas Savimbi (UNITA), com Jomo Kenniatta (presidente do Quénia), para assinalarem a data, «plantaram uma árvore mugumo - espécie sob a qual os africanos rezam tradicionalmente pela sorte - no jardim da State House, onde decorreram as conversações».
O dia 6 de Janeiro de 1975, Dia de Reis, era uma segunda-feira e a cimeira com Portugal estava marcada para o dia 10 seguinte, sexta-feira, no Alvor. A imprensa do dia ainda não adiantava o local, falava em «algures, no Algarve», e anunciava a chegada a Lisboa, vindos de Londres, de Lúcio Lara e Lopo do Nascimento (MPLA). Nos dias seguintes, chegaram Agostinho Neto e Paulo Jorge. Dos outros movimentos, não se adiantavam pormenores.
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