Quitexe, placa de entrada da vila uíjana dos Cavaleiros do Norte, em 2012.
Em baixo, título do Diário de Lisboa de há 40 anos, sobre a Cimeira da Penina
Aos oito dias de Janeiro de 1975, com os Reis passados e os dias a correr pelo Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre, os Cavaleiros do Norte continuavam expectantes.
Para Carmona, já tinha partido o Pelotão de Morteiros 4281, nosso companheiro da jornada quitexana, e a realização da cimeira dos três movimentos com o Governo Português mais esperanças nos semeava na alma. Esperanças de rapidamente voar,mos para Portugal e as nossas casas.
Soube-se, neste dia, que não seria em Ofir, mas no Alvor, Algarve, no Hotel Penina. «Em avião especial, partirão hoje de Luanda para Faro, onde deverão chegar amanhã, às 9,30 horas, membros das delegações do MPLA e da UNITA», relatava o Diário de Lisboa de 8 de Janeiro de 1975 - que citamos.
O avião faria (fez) escala em Lusaka, «afim de embarcarem outros dirigentes destes dois movimentos».
Wilson Santos, Jorge Valentim Vakulukuta (da UNITA), Albertino Almeida, Maria do Carmo Medina e Diógenes Boavida (MPLA) eram alguns dos que viajam para Portugal nessa aeronave, também com «equipas de juristas». O Secretário de Estado da Administração Interna de Angola também viajaria, previa o DL. Era o tenente-coronel Gonçalves Ribeiro.
A delegação da FNLA, liderada por Holden Roberto, partiria de Libreville (Gabão), para Portugal, via Túnis, «ao que se julga(va), a bordo do avião pessoal de Mobutu, o presidente do Zaire». Em Libreville também se encontrava Jonas Savimbi, presidente da UNITA, e o DL admitia que viajasse para Portugal com Holden Roberto, no mesmo avião.
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