CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

3 638 - O segundo dia da Cimeira do Alvor, os Cavaleiros no RC4!

Futebol no Quitexe. De pé, Fernando Martinho Grácio (1º. cabo sapador e um dos benjamins da CCS, que
 hoje faz 63 anos em Amor, Leiria), 1ºs cabos Gomes e Miguel; Botelho, furriel Miguel (paraquedista), 
Gaiteiro e 1º.. cabo Soares. Em baixo, Esmoriz (?, dos Morteiros?), furriéis Mosteias (falecido a 5 de
 Fevereiro de 2013) e Lopes (enfermeiro), NN, furriel Monteiro e Teixeira (estofador)

Capa da revista «Notícia», de Luanda, pre-
cisamente de 11 de Janeiro de 1975 e so-
bre a Cimeira do Mombaça, antes do Alvor

O dia 11 de Janeiro de 1975, segundo dia da Cimeira do Alvor, passou-se tranquilamente no Quitexe, por Aldeia Viçosa e Vista Alegre, onde se aquartelavam os Cavaleiros do Norte. Portugal e os movimentos que se entendessem.
Um ano antes, exactamente um ano antes e pelas bandas do Campo Militar de Santa Margarida, no Destacamento do Regimento de Cavalaria 4 (o RC4), os futuros combatentes do Batalhão de Cavalaria 8434 (o BCAV. 8423) conheciam-se mais e melhor e aprendiam e aprofundavam as virtudes militares da «disciplina e do respeito total, do aprumo e do atavio, pontualidade e vontade firme, dedicação e interesse».
O Diário de Lisboa de 11/01/1975 com
 notícias da Cimeira do Alvor. Ver AQUI
«As exigências, ensinamentos e exemplos dos teus superiores são princípios que tens de seguir, de compreender, pois são essas afirmações que te levarão a querer e saber querer», foram, como se sublinha no Livro da Unidade, «foram palavras permanentes de incitamento e de preparação psicológica de todos os militares do BCAV. 8423».

MFA, o 4º. movimento
de libertação

A imprensa do dia 11 de Janeiro de 1975, um sábado, dava conta que «a Cimeira angolana entrou na sua fase verdadeiramente delicada e complexa, não só pelas naturais divergências de ordem política entre os três movimentos, como também pela posição firme, embora conciliadora,  do Movimento das Forças Armadas» que, como reportava o Diário de Lisboa, estava «apostado em garantir também para Angola, uma via descolonizadora também progressista».
O  aparecimento do major Pezarat Correia na Delegação Portuguesa foi, entretanto, explicada por ser «figura de relevo no MFA de Angola e elemento muito próximo de Rosa Coutinho», o que, segundo o DL, «dará maior crédito aos que vêem no MFA o quarto movimento de libertação».
A primeira sessão, na véspera, decorrera entre as 18 e as 22 horas - «uma intensa sessão de trabalhos» que, reportava o DL, «ratificou os acordos emergentes da plataforma comum adoptada na pré-cimeira de Mombaça» - e, depois de algum descanso, «até ao começo da madrugada de hoje», dia 11 de Janeiro de 1975 e então na já referida «fase mais delicada e complexa».
O 1º. cabo Grácio e o furriel Viegas, em Amor
 (Leiria), em Setembro de 2013, 38 anos depois do
 regresso de Angola. Atrás, a casa do Grácio


O benjamim Grácio
faz 63 anos em Amor

O Grácio foi 1º. cabo sapador da CCS dos Cavaleiros do Norte. Prestável, colaborante e disciplinado, notabilizou-se também como guarda-redes.
Fernando Martinho Grácio, de nome completo, era voluntário e, nascido a 11 de Janeiro de 1954, um dos benjamins da Companhia. O outro era o Malheiro. Prestou serviço no depósito de géneros anexo ao bar e messe de sargentos e regressou a Portugal e ao Casal dos Colares, em Amor, a terra natal, nos arredores da cidade de Leiria, a 8 de Setembro de 1975. Casou, tem dois filhos (um casal) e trabalha na área da construção civil, fazendo dos seus tempos mais livres o seu tempo de hortelão, de mimosas e fartas culturas, no quintal anexo à sua casa e onde (foto) o encontrámos em Setembro de 2013.
Hoje, faz 63 anos. Parabéns, ó Grácio!

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