O furriel Viegas em frente ao ex-Hotel Bimbe, na Avenida da República, em Nova Lisboa (agora cidade do Huambo), em Outubro de 2019 |
Aos 8 dias de Abril de 1975, voámos (eu e o Cruz) para Nova Lisboa, no voo da TAAG, em busca prazerosa de continuadas férias e, no meu caso, ao encontro (de surpresa) de gente do meu sangue. Dito isto, já lá vão 46 anos!
Lá chegámos e, de táxi, fomos do aeroporto até à avenida da República, onde ficava o Hotel Bimbe. Ali estava a família da matriarca Isolina
Pinheiro das Neves, filha de minha tia-bisavó Rosa
e, por coincidência, viúva de meu padrinho Arménio Pires Tavares. Perceberam?
A surpresa não poderia ter sido mais afectuosa e festiva. Fomos excepcionalmente bem anfitrionados e (eu e o Cruz) logo ficámos hóspedes reais do casal Cecília Neves/Rafael Polido. E dos filhos Valter, Idalina, Fátima e Saudade. E de minha (por afinidade) madrinha Isolina.
Nova Lisboa, cidade ainda nova e do interior angolano, surpreendeu-nos: pela modernidade urbana e pelas avenidas e jardins, mas principalmente pelo afecto que nela tivemos da tanta gente que, familiares e amigos, por lá nos recepcionaram de forma fidalga: a família Neves/Polido, o clã Viegas (o Manuel, o Aníbal e o José, avô de Edson - o actual vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda), Orlando Rino e Figueiredo, os Mirandas, qual deles a ser mais afectuoso e companheiro.
A cidade era a calma total. Não se ouvia por lá qualquer som de guerra, não se sentia qualquer medo, a população circulava e fazia a sua vida na serenidade dos deuses. E deslumbrava-nos: pela grandiosidade da sua massa urbana, pelo desenho arquitectónico, pela grandeza dos edifícios, pela sua própria europeização. Iríamos ter, nos dias seguintes, oportunidade para a conhecer por dentro.
Nova Lisboa, cidade ainda nova e do interior angolano, surpreendeu-nos: pela modernidade urbana e pelas avenidas e jardins, mas principalmente pelo afecto que nela tivemos da tanta gente que, familiares e amigos, por lá nos recepcionaram de forma fidalga: a família Neves/Polido, o clã Viegas (o Manuel, o Aníbal e o José, avô de Edson - o actual vice-presidente da Câmara Municipal de Águeda), Orlando Rino e Figueiredo, os Mirandas, qual deles a ser mais afectuoso e companheiro.
A cidade era a calma total. Não se ouvia por lá qualquer som de guerra, não se sentia qualquer medo, a população circulava e fazia a sua vida na serenidade dos deuses. E deslumbrava-nos: pela grandiosidade da sua massa urbana, pelo desenho arquitectónico, pela grandeza dos edifícios, pela sua própria europeização. Iríamos ter, nos dias seguintes, oportunidade para a conhecer por dentro.
A revista «Notícia», de Luanda (uma capa, na imagem), foi suspensa pela Comissão Nacional de Defesa, há precisamente 46 anos! |
Artigos contra po espírito
do Acordo do Alvor !
Luanda tinha ficado para trás e escaparam-nos as notícias de expulsão de 12 jornalistas e da suspensão da revista «Notícia», esta por «agressão ideológica ao MFA».
As emoções do dia permitiam expectar «climas de excitação nas Forças Armadas portuguesas e incompreensão das comunidades civis e dos movimentos de libertação em relação às mesmas Forças Armadas», como reportava o Diário de Lisboa.
Não por acaso, dois dos 12 expulsos eram João Fernandes (director) e Sousa Oliveira (autor do artigo) - ambos da «Notícia». Os restantes eram da revista «Vida Portuguesa», que circulava na África do Sul e Rodésia mas era editada em Angola, dirigida por Jorge Coutinho e suportada por empresários portugueses daqueles dois países.
Além do director, o rol incluía Carlos Bártolo, Bela Jardim, Penteado dos Reis, Domingos de Azevedo, Hamilton Moreira, Reinaldo Silva, Hélder Martins, Jill Young e Júlio Marques.
Os artigos eram «contrários ao espírito do Acordo da Penina (Alvor) e tendentes a provocar a discórdia no seio das Forças Armadas portuguesas e entre estas e os movimentos de libertação e o povo angolano», na opinião da Comissão Nacional de Defesa, presidida pelo Alto Comissário, o general Silva Cardoso
Não por acaso, dois dos 12 expulsos eram João Fernandes (director) e Sousa Oliveira (autor do artigo) - ambos da «Notícia». Os restantes eram da revista «Vida Portuguesa», que circulava na África do Sul e Rodésia mas era editada em Angola, dirigida por Jorge Coutinho e suportada por empresários portugueses daqueles dois países.
Além do director, o rol incluía Carlos Bártolo, Bela Jardim, Penteado dos Reis, Domingos de Azevedo, Hamilton Moreira, Reinaldo Silva, Hélder Martins, Jill Young e Júlio Marques.
Os artigos eram «contrários ao espírito do Acordo da Penina (Alvor) e tendentes a provocar a discórdia no seio das Forças Armadas portuguesas e entre estas e os movimentos de libertação e o povo angolano», na opinião da Comissão Nacional de Defesa, presidida pelo Alto Comissário, o general Silva Cardoso
Furriel Barata de Zalala faria
69 anos, mas faleceu em 1997 !
O furriel miliciano Jorge António Eanes Barata, da 1ª. CCAV. 8423, faria 69 anos a 8 de Abril de 2021. Infelizmente, faleceu a 11 de Outubro de 1997, vítima de doença súbita.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, integrou a guarnição da mítica fazenda Maria João (a de Zalala) e depois as de Vista Alegre e Ponte do Dange, Songo e Carmona, regressando a Portugal e a Alcains a 9 de Setembro desse ano.
O furriel miliciano Jorge António Eanes Barata, da 1ª. CCAV. 8423, faria 69 anos a 8 de Abril de 2021. Infelizmente, faleceu a 11 de Outubro de 1997, vítima de doença súbita.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar, integrou a guarnição da mítica fazenda Maria João (a de Zalala) e depois as de Vista Alegre e Ponte do Dange, Songo e Carmona, regressando a Portugal e a Alcains a 9 de Setembro desse ano.
Contabilista de profissão, foi também futebolista do Desportivo de Castelo Branco (um excelente defesa-central) e do Alcains, no clube da sua terra natal.
A 10 de Outubro de 1997, já noite fora e depois do treino de futebol, jantou, sentiu-se mal, seguiu de ambulância para o hospital e faleceu no dia seguinte, às 7 horas da manhã. Deixou viúva Graciosa Dias e dois filhos, o Vitor (então com 17 anos) e a Eduarda (com 12). Hoje o recordamos com saudade.
Até um estes dias, companheiro B arata! RIP!!!
António Lucas de Zalala, 69
anos em Castanheira do Ribatejo !
O soldado mecânico-auto António Filipe Louro Lucas foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, e hoje festeja 69 anos em Castanheira do Ribatejo.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, ao seu natal lugar das Cardosas, freguesia do município de Arruda dos Vinhos, onde então residia. Mora agora em Castanheira do Ribatejo, freguesia do concelho de Vila Franca de Xira, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
António Lucas e esposa no encontro de 2016 |
António Lucas de Zalala, 69
anos em Castanheira do Ribatejo !
O soldado mecânico-auto António Filipe Louro Lucas foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, e hoje festeja 69 anos em Castanheira do Ribatejo.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, ao seu natal lugar das Cardosas, freguesia do município de Arruda dos Vinhos, onde então residia. Mora agora em Castanheira do Ribatejo, freguesia do concelho de Vila Franca de Xira, para onde vai o nosso abraço de parabéns!
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