Picada para a Fazenda Santa Isabel, com placa a indicar 15 kms., com uma viatura da 3ª. CCAÇ. 4211, a antecessora da 3ª. CCAV. 8423 |
As notícias de há 47 anos, sobre a actividade dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, pelo norte uíjano de Angola, davam conta de uma reunião de 500 oficiais dos 3 ramos das Forças Armadas, em Luanda e reafirmando a sua «intransigente fidelidade ao Programa do Movimento das Forças Armadas, sem hesitar na efectivação de uma descolonização real em Angola, na sequência do compromisso internacional assumido por Portugal, ao reconhecer o direito à autodeterminação e independência dos povos colonizados».
A reunião decorreu no Palácio do Governador, na capital angolana e depois de, em Moçambique, a colónia portuguesa do outro lado da costa africana, «manobras provocatórias e agressivas, conduzidas por minorias reaccionárias, a quem o anterior regime colonial fascista garantia todos os privilégios, sem o mínimo respeito pelos mais elementares direitos da esmagadora maioria da população».
Iam assim os tempos revolucionários de há 47 anos! Cheios de dúvidas e indecisões e com a comunidade civil europeia cada vez mais inóspita relativamente aos militares que, voluntários, por lá e por eles arriscavam as suas vidas.
Notícia do Diário de Lisboa sobre a reunião de 500 oficiais |
Êxodo de trabalhadores
e fazendas a... encerrar!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, a esse tempo de há 47 anos e pelo Uíge angolano, continuavam as suas tarefas de patrulhamentos permanentes, principalmente nos principais itinerários da sua Zona de Acção (ZA) e para garantir circulação em segurança. De pessoas, principalmente, e bens.
Ao tempo e na verdade, combatentes do comando do tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, custasse isso o que custasse. E custou muito sacrifício e riscos. Sem alguém, alguma vez, reclamar o que quer que fosse.
Ao tempo, assistia-se ao êxodo dos trabalhadores do café, «provocando o fecho de algumas fazendas, nomeadamente nas cordas de Zalala e do Canzundo, bem assim na zona de Vista Alegre», como historia o livro «História da Unidade» - o BCAV. 8423.
A paragem, efectivamente e por essa altura de há tantos anos, ainda não afectava a futura colheita, mas «provocava a paragem da laboração». E, caso se mantivesse em Janeiro de 1975, apenas três meses depois..., então, e ainda segundo o «História da Unidade», «já se verificarão fortes prejuízos ao poderio económico local». Seria a altura das colheitas e a situação criou «grande preocupação na maioria dos fazendeiros e e está a conduzir à fuga do pessoal dirigente das fazendas».
José Reis de Aldeia Viçosa |
69 anos em Fátima!
Reis, soldado atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa e do capitão miliciano José Manuel Cruz, está em festa no dia 9 de Outubro de 2021, amanhã: faz 69 anos!
José Pereira dos Reis, de seu nome completo, é natural e ao tempo residia no lugar de Fontaínhas da Serra, da freguesia de Atouguia, concelho de (Vila Nova de) Ourém. Lá regressou a 10 de Setembro de 1975, depois de também ter passado por Carmona, e reside agora em Fátima, na Cova da Iria (Rua de Nossa Senhora das Vitórias). Para ele, e com o voto de que repita a data por muitos e bons anos, vai o nosso abraço de parabéns!
Alf. Domingos P. Martins |
4211, faleceu há 10 anos!
O alferes miliciano Domingos Pereira Martins, da 3ª. CCAÇ. 4211, a da Fazenda Santa Isabel, faleceu há 10 anos: a 9 de Outubro de 2011. Supomos que de doença e na Venezuela.
O alferes Martins pertencia à CCAÇ. do BCAÇ. 4211 (com comando e CCS instalados no Quitexe) que, em Santa Isabel foi substituída pela 3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, a 11 de Junho de 1974. Foi, pois e durante algum tempo, contemporâneo dos Cavaleiros do Norte daquela fazenda. Muitos se lembrarão dele. RIP!!!
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