Os furriéis Pinto e Eusébio nasceram há 70 anos. O Eusébio faleceu a 16 de Abril de 2014, de doença e em Belmonte. RIP!!! |
A cidade de Luanda, há 47 anos e entre uma e outra escaramuças, estava controlada pelo MPLA, que de lá expulsara a FNLA e a UNITA, e as tropas portuguesas seguiam a sua missão de neutralidade. Quisesse isso dizer e ser o que fosse.
A capital angolana fervilhava de vida e de incidentes, mas tudo parecia ser normal: até os ditos incidentes e as perseguições, o sangue que jorrava a cada esquina de morte, os medos que se semeavam a cada momento do dia, principalmente durante as noites que escondiam traições e perigos.
Ao tempo, e apesar de o BCAV. 8423 continuar como «unidade de reserva da região Militar de Angola» e já com a amarga experiência do Bairro do Saneamento para trás das costas, a vida ia relativamente calma entre os Cavaleiros do Norte.
Ao tempo, e apesar de o BCAV. 8423 continuar como «unidade de reserva da região Militar de Angola» e já com a amarga experiência do Bairro do Saneamento para trás das costas, a vida ia relativamente calma entre os Cavaleiros do Norte.
Foi por um destes dias desse Agosto de há 47 anos, que achámos (eu e o Neto) um ex-comandante de um dos Grupos de GE do Quitexe. Foi na avenida D. João II, onde a FRAL (a fábrica da Família Neto, em Viana) tinha escritório e o nosso ex-comandado era agora capitão do MPLA.
«Subi nos vida!... Tás a ver, esfurrié...», contou-nos ele, com o sotaque tipicamente angolano, a ferver de orgulho e apontando-nos os galões de capitão, a brilhar de novos.
Era o João Quatorze, assim se chamava, tinha sido chefe de equipa de um dos GE da CCS, no Quitexe, e, na verdade, tinha subido na hierarquia militar. Assim o vimos e mais nada soubemos dele.
Cavaleiros do Norte do PELREC: soldados João Marcos e Madaleno e 1º. cabo João Pinto, que amanhã festeja 70 anos |
Cavaleiros do Norte
em festas de anos !
O dia 15 de Agosto é tempo de fazerem anos pelo menos 5 companheiros da jornada africana dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 pelo Uíge do norte angolano.
1 - O furriel miliciano Manuel Moreira Pinto, especialista de Operações Especiais (Rangers) da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Maria João, a de Zalala - «a maus rude escola de guerra» -, e depois de Vista Alegre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Natural de Penafiel, é agora morador em Paredes, onde comemora 70 anos.
2 - Eusébio Manuel Martins, atirador de Cavalaria e também da 1ª. CCAV. 8423. Natural de Belmonte, onde faleceu a 16 de Abril de 2014, vítima de doença e aos 62 anos.
3 - João Augusto Rei Pinto, 1º. cabo atirador de Cavalaria de
Nogueira do Liberato, 71 anos em Almada |
4 - Adelino Augusto Ferreira do Couto: soldado apontador de metralhadora média de espacialidade, combatente da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa (e depois na cidade de Carmona).
Também festeja 70 anos, na sua residência do Alto do Seixo, na freguesia de Lousado, no minhoto concelho de Vila Nova de Famalicão.
5 - José Luís Nogueira da Costa: soldado condutor da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato.
Natural de Tomar, onde nasceu em 1951, para Angola foi em criança e por lá fez vida pessoal e profissional. E lá foi mobilizado - no Regimento de Infantaria nº. 21, unidade de Nova Lisboa, actual Huambo e capital desta província. Vive em Almada, aposentado da Carris, e é habitual colaborador deste blogue, festejando 71 anos.
Foi com ele (e por ele desafiado) que, em Setembro e por Outubro fora de 2019, voltámos ao Quitexe e a Carmona, depois de passar por Ponte do Dange, Vista Alegre e Aldeia Viçosa. E por Luanda, Viana, Cacuaco, Caxito, Nova Lisboa, Lobito e Benguela, Novo Redondo, por aí fora. Numa belíssima e inesquecível jornada de saudades e memórias dos chãos angolanos.
Parabéns para todos!!!
Parabéns para todos!!!
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