Quitexe: a rua que ia da Estrada do Café para a avenida. À esquerda, cor de rosa, o Bar do Rocha, que agora é uma farmácia. Ao fundo, de cor azulada, o Bar Topete |
Holden Roberto, presidente da FNLA, chegou a Carmona no sábado, 23 de Agosto de 1975. Foi a grande notícia do dia de há 47 anos!
«Chegou de Kinshasa à capital do distrito do Uíge», noticiava a imprensa do dia, precisando que tinha viajado num avião da Air Zaire, acompanhado de Johny Eduardo, que tinha sido 1º. ministro do Colégio Presidencial do Governo de Transição de Angola.
Notícia do Diário de Lisboa de 23/08/1975, sobre a chegada de Holden Roberto a Carmona |
A explicação sobre a sua chegada a território angolano nunca foi claramente dada, mas a sobredita presença em Carmona - u era «a terra da FNLA».. - coincidiu com a perda de posições do seu Exército de Libertação Nacional de Angola (o ELNA), nomeadamente nas áreas da Ponte do Dande, Lucala e Samba Caju.
Holden Roberto já tempos antes tinha sido fotografado em Angola e, recordemos, tempo houve em que em Carmona correu o boato da sua presença naquela cidade - no tempo da presença dos Cavaleiros do Norte.
Não foi dada explicação sobre a sua chegada a território angolano, mas tal chegada coincidiu com a perda de posições da FNLA, nomeadamente nas áreas da Ponte do Dande, Lucala e Samba Caju.
O «Jornal de Angola» de 23 de Agosto de 1975, por sua vez, dava conta de afirmações de Jonas Macumbo, Secretário dos Negócios Estrangeiros da UNITA, negando «a existência de qualquer acordo com a FNLA», para combaterem o MPLA, mas o mesmo matutino de Luanda (sucessor do «A Província de Angola») assegurava que «a reunião magna» do movimento de Jonas Savimbi «poderá decidir oficialmente uma aliança com a FNLA contra o MPLA».
Couto Soares |
na Póvoa do Lanhoso!
O soldado António do Couto Soares, especialista de Transmissões de Infantaria e Cavaleiro do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 70 anos a 23 de Agosto de 2022. Hoje mesmo.
Jornadeou pelo Quitexe e em Carmona, primeiro sob comando do alferes José Leonel Hermida, depois com os furriéis José Pires e Nelson Rocha - todos milicianos de TRMS.
Regressou a Portugal, no final da sua (e nossa) jornada africana do nortenho Uíge angolano, e a Brunhais, a sua terra natal do concelho de Póvoa do Lanhoso, a 8 de Setembro de 1975, por lá fazendo vida até que emigrou para a Suíça - onde trabalhou durante muitos anos. Já reformado, divide o seu tempo, de boa saúde, entre os dois países.
Hoje é para ele que vão os nossos parabéns!
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