Vista aérea do BC12, em Carmona, na estrada para o Songo
O brigadeiro Tomás Correia Leitão, comandante do Comando Territorial de Carmona, presidiu à efeméride, assinalada com "a maior singeleza». Celebrou-se missa na capela da unidade e com uma mensagem na Ordem de Serviço do Dia, dando enfâse ao Dia da Cavalaria, mas frisando que "na tradição, era uma data comemorada» em todas as unidades mas que «contudo, o momento presente não permite pensar em festas». E não era mesmo.
Nesse mesmo dia, e pela segunda vez, a coluna do MVL (de viaturas militares e civis) que se aprontava a fazer transporte de bens e equipamentos da Unidade para Luanda, foi impedida pela FNLA de fazer tal viagem - o que criou grandes constrangimentos na guarnição, que, legitimamente, invocava o uso da força para continuar. No que era «proibida« pelo COPLAD.
A situação era tanto mais tensa quanto, no Negage e a 13 de Julho, a FNLA cercara o quartel e exigira armas e, em Carmona, num comício, a mesma FNLA e o ELNA tinham feito afirmações graves e desabonatórias da tropa portuguesa. A 15, exigiram armas em Carmona (das que estavam em espólio, ao cuidado do BCAV. 8423) .
A guarnição desde o dia 12 que estava de prevenção simples, o primeiro grau de gravidade de segurança. Aproximava-se o dia da retirada e a tensão era cada vez maior. A FNLA, dona e senhora da guerra no Uíge, ressacava nos Cavaleiros do Norte os desaires sofridos em Luanda, Salazar e Malange.
- MVL. Movimento de Viaturas Ligeiras. Ou Movimento de Viaturas de Logística.
- COPLAD. Comando Operacional de Luanda.
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