Rotunda Rimaga, em Carmona. Por aqui passámos
várias vezes há precisamente 37 anos, em «pic-nic» militar
O pormenor, que vou dar de barato, só aqui vem ao blogue porque, nesse entretém de «costura» verbal, andaram a procurar-me na quartel, sem me verem por lado nenhum. Nem no bar, que era um pouso certo; nem nas camaratas do PELREC, por onde passava muito do meu tempo.
O que se passava, então? Foi o alferes Garcia quem narrou, porque o pelotão ia entrar de prevenção: o comandante Almeida e Brito, acompanhado de alguns oficiais, ia formalizar a comunicação de saída dos Cavaleiros do Norte, no Estado Maior Unificado, que incluía oficiais da FNLA.
O que o alferes Garcia nos disse, com aquele ar por vezes enigmático que o caracterizava, sempre sorridente, era que, aprudentando qualquer situação menos agradável, parte da guarnição entrava de prevenção. E que o nosso grupo de combate (o PELREC) ia «passear para a cidade». Estou certo que usou expressão do género: «Vamos dar um passeio e fazer um pic-nic...».
E que pic-nic!!
Passámos pelo (nosso) Bairro Montanha Pinto (onde morámos, na antiga messe de oficiais), no Popular, pelos lados de piscina, bairro industrial, ruas do Comércio e Capitão Pereira, com várias voltas à rotunda da Rimaga. Sempre de arma com bala na câmara, alguns com dilagramas e sem faltarem granadas defensivas. Nada de especial aconteceu e voltámos ao BC12!
Sabíamos que no dia seguinte chegaria tropa de Luanda, para apoiar a retirada para Luanda.
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