Santos e Castro e Holden Roberto, no Ambriz (1975).
Vista aérea do BC12, em Carmona. O quartel dos Cavaleiros do Norte
O tempo passa a correr! Há 39 anos, mal tínhamos chegado de Angola, com os constrangimentos que isso provocava e as alegrias e aleluias de vida que nos enchiam a alma, revendo familiares e amigos, cheiros e chãos dos nossos tempos anteriores à jornada angolana, e já lá iam 4 dias: já íamos 12 de Setembro de 1975! Hoje se fazem 39 anos!Vista aérea do BC12, em Carmona. O quartel dos Cavaleiros do Norte
O disco da história que contávamos a toda a gente, repetindo emoções e repetindo as memórias frescas, sucedia-se a cada esquina e encontro. «Como é que aquilo está, por lá? (...). É verdade isto e aquilo? Como e que foi e não foi?!!!...».
As perguntas sucediam-se, porque cada um que m´achava por lá tinha um familiar, um amigo, um vizinho, alguns alguéns dos seus antigamentes mais próximos. Pois que estava assim, era assado, lá ia eu desfiando informação.
A 12 de Setembro de 1975, a imprensa nacional dava conta do intuito do MPLA: «Ofensiva em duas frentes!». No sul, contra a UNITA, para a desalojar de Nova Lisboa. A mesma Nova Lisboa (o agora Huambo) de onde não sabia paradeiro de Cecília, dos irmãos Viegas (Manuel, Zé e Aníbal), do Orlando Rino, do Óscar Miranda, familiares e amigos! Tinha-lhes perdido o rasto, nos meus últimos dias de Angola. A norte, para «correr» com a FNLA, a caminho do Ambriz e Carmona! A «nossa» Carmona!
A FNLA «dominava sobretudo as províncias a norte», o Uíge (o nosso Uíge) e o Zaire. Que o MPLA projectava controlar. Eram «dois objectivos prioritários»: expulsar o seu adversário de Ambriz (a ocidente) e de Carmona (a leste). Desde segunda-feira, o dia da nossa partida de Luanda para Lisboa (8 de Setembro de 1975), «as suas tropas avançaram, estando a cerca de 90 quilómetros do Ambriz e a 100 de Carmona».
Uff, isto foi há 39 anos e ainda se me rasga uma emoção farta, a fervilhar na alma, ao lembrar estes tempos! Pfffff!!!...
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