Dias de Futebol no Quitexe. De pé, Domingos Teixeira (estofador), Malheiro,
Cuba, Carpinteiro, Pereira (condutor) Gaiteiro e AgostinhoTeixeira (pintor). Em
baixo, João Monteiro(Gasolinas), Pereira (mecânico),
Celestino Silva, Gomes (condutor), Carlos Mendes (bate-chapas) e Miguel (condutor).
Em baixo, o Carpinteiro, em foto relativamente recente.
Faleceu faz hoje 3 anos!
O mês de Novembro de 1974 começou tranquilo, pelas bandas do Quitexe e toda a ZA dos Cavaleiros do Norte. Vivia-se «o clima de cessar fogo estabelecido no mês anterior e pode dizer-se que Novembro se caracterizou por uma acalmia não encontrada há longos anos», lê-se no Livro da Unidade. Tenho ideia de ter ido ao cemitério do Quitexe, na saída da estrada para Camabatela, onde assisti às cerimónias presididas pelo padre Albino Capela.
A Unidade fazia serviços de rotina e a rapaziada tinha cinema, umas baldas a Carmona (e alguns, mais ousados, a Luanda). Até às Quedas do Duque de Bragança. E jogava-se a bola, com renhidas partidas no campo de futebol do Quitexe, na saída para Carmona.
Jogava-se entre pelotões, entre companhias e com formações civis. A imagem mostra a equipa da Ferrugem (do parque-auto) e vem aqui para fazer memória do inesquecível Manuel Augusto da Silva Marques, o Carpinteiro. Porque faleceu há precisamente 3 anos, a 1 de Novembro de 2011. Foi com a esposa ao cemitério, tomou um café e voltou a casa. Ao meter a chave na porta, caiu..., fulminado. Morte súbita! RIP!
Há 39 anos, encurtava-se os dias para a independência de Angola e Idi Amin, na Cimeira de Campala, propôs o cessar fogo entre os três movimentos, para as 6 horas desse 1 de Novembro de 1975. Mas tal não aconteceu.
«Os combates prosseguiram, nas últimas 48 horas», referia o Diário de Luanda do dia 3, seguinte. Isto, apesar de a proposta implicar a suspensão dos combates, nas posições que cada movimenta ocupava, até ao final da Cimeira.
Tudo, não passou de boas intenções. E faltavam 10 dias para o dia da independência!
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