CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

2 930 - Quifandongo, Piri e Quibaxe, o Freitas Ferreira


 Quitexe, em 2012. A Estrada do Café, de Carmona (Uíge) a Luanda, que 
conhecíamos como Rua de Cima. Em baixo, notícia 
do DL, de há  39 anos. Mais abaixo, o furriel Freitas Ferreira



A três dias da independência de Angola, o jornalista Eugénio Alves, em serviço para o Diário de Lisboa, noticiou que «as FAPLA registaram uma nova vitória na frente do Caxito, considerada como uma das maiores já infligidas ao inimigo, desde o início desta segunda guerra da libertação nacional».
A batalha ficaria histórica: a de Quifandongo. Relata o DL que o combate opôs «as forças populares aos mercenários zairenses e portugueses e às forças da FNLA».
«O inimigo sofreu pesadas baixas, em homens e material, tendo tido que recuar, o que levou as FAPLA a reocuparem as vias do Piri e Quibaxe, que haviam aído há 20 dias», noticiava o jornal. Piri e Quibaxe: terras por onde os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 fizeram muitos patrulhamentos.
 Foi no Quibaxe que, a 1 de Julho de 1974 o Freitas Ferreira, furriel miliciano da 2ª. CCAV. 8423, se feriu num desses patrulhamentos/escoltas, após despiste do UNIMOG, por volta do meio dia, numa curva do Quibaxe, onde se cortava para a fazenda/aquartelamento de Maria Fernanda. «Atravessou a estrada e caiu por uma ravina, bem alta», recorda-se o Freitas Ferreira, que pela ravina rebolou, até ao fundo, tal qual o condutor do UNIMOG. Ambos ficaram bastante maltratados. Ele, com uma perna e uma clavículas partidas. Passou a administrativo.
A três dias da independência combatia-se território fora e nomeadamente em Benguela e Moçâmedes. Já em Luanda, reportava Eugénio Alves,  «a vida corre normalmente, apenas alterada pelos intensos preparativos para a festa da independência e pela movimentação, provocada nos hotéis da cidade, com a chegada de inúmeras delegações - 44 africanas, 17 socialistas e cerca de 15 de outras nações».
É o que se lê, além do mais, na imprensa lisboeta de há 39 anos.

Sem comentários:

Enviar um comentário