CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

domingo, 4 de dezembro de 2016

3 600 - Falcão no CSU de Carmona e Angola na Assembleia da ONU

Oficiais da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, todos milicianos: alferes Honó-
rio Campos (médico), Mário José Barros Simões (que amanhã faz 64 anos; pa-

ra-béns), Carlos Silva e Pedrosa de Oliveira e capitão José Paulo Fernandes 

Os furriéis milicianos Viegas e Carvalho, na messe de
 sargentos do Quitexe, a festejarem os 22 anos deste
 Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel.
A 5 de Dezembro de há precisamente 42 anos!!"!

A 4 de Dezembro de 1974, há exactamente 42 anos e no «estreitamento de contactos entre comandos, necessário mais do que nunca, dada a constante evolução dos acontecimentos», o capitão José Paulo Falcão, comandante interino do BCAV. 8423, esteve mais uma vez no CSU, certamente para preparar a próxima rotação da 3ª. CCAV. 8423 - que viria a realizar-se pouco mais de uma semana depois, a 14 de Dezembro.
Cavaleiros do Norte do PELREC: 1º. cabo Hipólito, furriel
 Monteiro, 1ºs. cabos Joaquim Figueiredo Almeida (que ama-

nhã faria 66 anos e faleceu, de doença, a 28/02/2009, em Pe-
namacor) e Jorge Luís Domingues Vicente (f. a 21/01/1997,
 de doença e em Vila Moreira, Alcanede). Em baixo, alferes
António Manuel Garcia (f. de acidente a 02/11/1979), Ma-
nuel Leal Silva (f. a 18/06/2007, de doença e em Pom-
bal), furriel Neto e Aurélio Júnior (barbeiro) 
Estava em marcha «a retracção do dispositivo militar» dos Cavaleiros do Norte - agora já reduzido a militares metropolitanos, depois da extinção dos GE, da desactivação da CCÇ. 209/RI 21, a do Liberato, e da entrada dos grupos de mesclagem à situação de licença registada.

Angola na ONU
e com Cabinda

Angola, nesse mesmo dia, foi razão para o ministro português da Coordenação Inter-Territorial afirmar na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, que Portugal esperava «conceder a independência total até finais de 1975».
Almeida Santos citou a cimeira que «estava a ser preparada com os três movimentos de libertação» e da qual esperava «resultar na criação de um Governo de Transição com um gabinete político constituído por Secretários de Estado nomeados pelos movimentos e um gabinete de técnicos encarregado dos assuntos departamentais».
«Espera-se que se consiga a independência em 1975, depois de uma forma de consulta democrática popular. A alternativa para uma solução deste género é o risco de uma guerra civil», disse António Almeida Santos.
Foi premonitório!
O dia foi também de confirmação, da parte do MPLA, do seu não reconhecimento de direitos à FLEC, através da voz do comandante N´Dozi em declarações ao Diário de Lisboa, sublinhando que «o MPLA tem feito declarações em que afirma que Cabinda faz parte de Angola».
O Enclave de Cabinda (em ponto grande, à esquerda) e a
 sua localização, a norte, relativamente ao território de Angola
«A questão pode ser discutida em Assembleia do Povo e, se assim for decidido, cabinda poderá ser independente. Mas não reconhecemos partidos fantoches», admitiu e sublinhou o comandante N´Dozi - que fora militar do Exército Português, desertara e era agora comandante da 1ª. e da 2ª. Regiões Militares do MPLA.
N´Dozi significava «sonho» e era o nome de guerra de David Simões, natural de Santo António do Zaire. Depois de desertar em Cabinda, ingressou nas fileiras do MPLA, estudou guerrilha em Cuba e na China e , já no Congo, foi chefe de secção, comandante de pelotão e de esquadrão e comissário político. «Ninguém gosta da guerra. Nós fizemo-la para defender o nosso país», disse o comandante, ao DL.


O condutor Gonçalves, à esquerda, com o alferes
Cruz, no encontro da CCS de 2016, em Custóias
Dia de 22 anos de dois
Cavaleiros do Norte

O mesmo dia 4 de Dezembro de 1974 foi tempo, das festas de aniversário - os 22 anos!!! - de dois Cavaleiros do Norte: os condutores António dos Santos Gonçalves (da CCS, no Quitexe) e Manuel Augusto Marques Mendes (da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel).
O Gonçalves regressou à sua terra natal de Penude, em Lamego, e fez vida profissional como motorista da Tecnovia. Está aposentado e é um resistente: já foi operado ao estômago e duas vezes à coluna - em 1998 e 2008. «Arrumou» com um enfarte de miocárdio em 2012 e, sempre bem disposto, é habitual frequentador dos encontros da CCS. 
O Mendes é natural de Chão de Couce, em Avelar, aonde voltou após a jornada africana de Angola. Dele mais nada sabemos.

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