Cavaleiros do Norte rádio-montadores, da CCS: 1º. cabo Rodolfo Tomás, furriel António Cruz, 1º. cabo António Pais (que hoje festeja 69 anos em Atouguia da Baleia) e António Silva, na parada do Quitexe |
O 1º. cabo António Pais, o furriel miliciano Viegas e o 1º. cabo Emanuel (emigrado nos Estados Unidos), no Bar do Rocha, no Quitexe |
O comandante Carlos Almeida e Brito reuniu-se a 10 de Julho de 1974 com os povos do Quitoque e Quimassabi, no âmbito do programa de «mentalização das populações» para a nova realidade angolana - decorrente da revolução portuguesa, o 25 de Abril!
Jovem mulher angolana com o filho às costas (foto da net) |
Notícia do Diário de Lisboa de 10/07/1974 |
MPLA acusa a FNLA,
liceus de Angola ocupados
O dia de há 47 anos, por Angola, foi tempo de o MPLA declarar «não estar disposto a negociar com a FNLA», enquanto este movimento, segundo Lúcio Lara, «não libertar cerca de 20 militantes detidos em Kinshasa».
Os militantes tinha sido detidos em Junho de 1973, na capital do Zaire de Mobuti Sese Seko (actual República Democrática do Congo), quando «tentavam a reconciliação entre os dois movimentos de libertação».
Lúcio Lara falava em Brazzaville e frisou que, neste quadro, «são impossíveis negociações reconciliatórias». Confirmou, todavia, que a FNLA «libertou 3 oficiais do MPLA, que seguiram para Lusaka».
Ao tempo e em Angola, «alastrava por todo o território» a greve dos estudantes, que ocuparam os liceus, «reclamando a reforma das presentes estruturas».
O movimento tinha apoio das associações de pais e os professores, segundo noticiava o Diário de Lisboa desse dia, «estão divididos, tendo enviado telegrama ao Presidente Spínola».
O Pais e a sua «mais-que-tudo» no encontro de 2014, na Lomba de Gondomar |
Pais, 1º. cabo rádio-montador,
festeja 69 anos em Peniche
Cavaleiro do Norte especialista de rádio-montagem, tambem passou por Carmona e é natural de Travassós de Baixo, na freguesia de Rio de Loba, em Viseu, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975 - quando terminou a sua (e nossa) comissão angolana.
Profissionalmente, foi electricista e picheleiro e lá viveu, até à aposentação - quando se mudou para Atouguia da Baleia, em Peniche. É para lá que vai o nosso abraço de parabéns, embrulhado no desejo de muitos mais e bons amos de vida.
Daniel Chipenda |
em Carmona
A 10 de Julho de 1975, há 46 anos, Daniel Chipenda, ao tempo secretário geral da FNLA, deslocou-se a Carmona, onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, numa visita que, segundo a imprensa do dia, «poderia ser significativa».
A falta de pormenores, referia o Diário de Lisboa dessa tarde, devia-se ao «não funcionamento do sistema de comunicações com aquela zona, afectado desde os últimos incidentes e não mais reconstruído».
Daniel Chipenda visitou várias fazendas (estava-se na altura da apanha do café) e fez um comício no campo de futebol, com segurança feita pelos Cavaleiros do Norte e alguns elementos das Forças Militares Mistas.
«Vaiiiiiiiiiiiiiiiii!!!....», gritava o povo, no estádio do Recreativo do Uíge.
«Nãããããããõoooooooo!!!!...», respondia ele. E explicava: «A estátua faz parte da nossa história....».
Anos mais tarde, tive ocasião, em Águeda, de estar com ele e de recordar este dia - de que se lembrava, embora, naturalmente, não tivesse a menor ideia da minha pessoa. Ver AQUI.
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