Os patrulhamentos dos Cavaleiros do Norte chegavam ao
Quibaxe e ao Piri, na estrada do Café, de Carmona para Luanda
Quibaxe e ao Piri, na estrada do Café, de Carmona para Luanda
Aos sete dias do mês de Fevereiro de 1975, os Cavaleiros do Norte deixaram de fazer patrulhamentos (ou escoltas) na Estrada do Café, serviço que desde toda a nossa comissão foi executado - às vezes a Úcua. Era um serviço «assaz desgastante», como sublinha o Livro da Unidade. E nós que o digamos, que quantas vezes galgámos aqueles todos quilómetros de alcatrão, foi parte rodeado de mata.
O Ferreira, furriel miliciano da 2ª. CCAV. 8423, feriu-se num desses patrulhamentos/escoltas, após despiste do UNIMOG , a 1 de Julho de 1974 - ainda todos nós éramos «maçaricos» na terra angolana. Despistou-se por volta do meio dia, numa curva do Quibaxe, onde se cortava para a fazenda/aquartelamento de Maria Fernanda.
«Atravessou a estrada e caiu por uma ravina, bem alta», recorda-se o Ferreira, que pela ravina rebolou, até ao fundo, tal qual o condutor do UNIMOG. Ambos ficaram bastante maltratados. Ele, com uma perna e uma clavículas partidas.
O fim das escoltas, há 39 anos, foi um alívio para a guarnição, nomeadamente para os operacionais, que as tinham de cumprir, por vezes em horas seguidas de tensão - ora de dia, ora de noite. Alívio para o pessoal e para as viaturas, sem que tal actividade operacional «conduzisse a qualquer finalidade prática».
- FERREIRA. José Maria Freitas Ferreira, furriel miliciano atirador de cavalaria, da 2ª. CCAV. 8423. Foi reclassificado como amanuense, na sequência deste acidente - embora contra o seu desejo. Vive em Costa (Guimarães), onde é profissional de contabilidade, consultadoria fiscal e auditoria.
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