Um grupo de Cavaleiros do Norte da CCS, essencialmente sapadores e do parque-auto. Reconhecem-se o alferes Ribeiro (de braços cruzados, ao meio) e o furriel Pires (ao seu lado). O furriel Mosteias é o quarto a contar da direita, em baixo. E o Carpinteiro à frente dele, apoiado nas mãos. O Grácio é o quinto, atrás, da esquerda. O sétinmo é o Messejana. À frente do Grácio, está o Florindo. Quem ajuda a identificar os outros?
O fim de Fevereiro de 1975 acelerou o «fazer de malas» dos Cavaleiros do Norte da CCS. Lá íamos nós para Carmona, para o BC12, em mais uma etapa da nossa viagem de regresso a Lisboa. Para trás, ia ficar a vila quitexana, onde chegáramos a 6 de Junho de 1974. De onde iríamos sair a 2 de Março.
O mês foi de alguma acção disciplinar - que Almeida e Brito, o comandante, não era homem de muitas tolerâncias, nesse capítulo. Da CCS, um soldado apanhou 10 dias de detenção. A 2ª. CCAV. registou três castigos: 15, 10 e 5 dias de prisão disciplinar, para outros tantos militares. O de 5, agravada para 10. A 3ª. CCAV. com um castigo: 15 dias de prisão disciplinar, depois agravada para 20, na ordem de serviço 67 da RMA.
Andávamos nós por lá e nestas calmas, mas, a partir do Lobito, o MPLA denunciava que «os inimigos do povo fomentam as greves», alegadamente provocadas por elementos ligados à UNITA, numa «manobra «divisionista, destinada a criar o caos».
O porto do Lobito tinha sido palco de vários incidentes e o MPLA, em comunicado de faz hoje 39 anos, interrogava-se: «Quem está interessado em fomentar as greves?». Apelava à «vigilância dos trabalhadores contra as manipulações dos inimigos do povo» e acrescentava que «fomentar uma greve, parar as actividades do porto, é trair os interesses dos trabalhadores». Quem diria?!
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