Mortágua (CCS), Jorge Pinho (Porto), Pagaimo (Morteiros)
e Rocha, de Transmissões do Comando Sector Uíge (Arouca), em 1975
e Rocha, de Transmissões do Comando Sector Uíge (Arouca), em 1975
A imagem, enviada pelo Pagaimo, testemunha a partilha de espaços e emoções entre os militares das várias subunidades. É posterior a 2 de Março de 1975, quando nos deslocámos para o BC12, em Carmona, e, já nesta cidade, os Cavaleiros do Norte das transmissões se juntaram aos que operavam no comando do Sector do Uíge. Lá reencontraram o Pagaimo. E este Mortágua? Quem é mesmo? O Rocha, o da direita, também era de Transmissões, no Comando Sector do Uíge. «Provavelmente, após a sua extinção, esteve no BC12, convosco, e era natural de Arouca», diz o Pagaimo.
Faz hoje 39 anos, era domingo de Carnaval e, no Quitexe, deu para ver como era a tradição, diferente do que era por cá. No Domingo Gordo, nem demos por ele, na vila. Demos, na 3ª. feira, quando o PELREC regressava dos lados de Camabatela e, já perto da aldeia do Cazenza, ouvimos batuques e alguns mascarados que dançava e gritavam (ou cantavam?), sacaroteando-se o(a)s mais novo(a)s, alguns de caras pintadas, outros(as) com máscaras muito simples, mas todos espelhando grande alegria.
Já na vila, ainda vimos alguns miúdos a correr pela avenida, com tambores e danças que faziam, parando das suas corridas, e olhando para nós, que entrávamos de UNIMOG, devagar, devagarinho, a olhar para os pequenos entrudos e mortinhos pelo banho que nos retemperava a alma e limpava os corpos sujos do pó vermelho de Angola, suados na picada.
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