CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

3 242 - Cavaleiros de avião para Lisboa e combates no território angolano

Cavaleiros do Norte na escada do Bar dos Praças, no Quitexe. Reconhecem-se, à 
esquerda, o Alberto Ferreira e o Rodolfo Tomás. O sexto é o Francisco Madaleno e atrás
 dele, de pé e mãos nos bolsos, está Miguel Teixeira. Do lado direito, em baixo, vê-se o 
António Cabrita (o segundo, com mãos no joelho) e, atrás dele, o Cuba (José Frangãos).
Alguém pode ajudar a identificar estes Cavaleiros do Norte»


O Diário de Lisboa de há 40 anos noticiou
«Nova vitória do MPLA no Caxito»

Dia 4 de Setembro de 1975: já sabemos que a viagem de regresso a Portugal é de avião! E no mesmo dia 8, a segunda-feira seguinte! A greve do pessoal do «Niassa» levou os comandos militares a optar pela (nossa) viagem aérea! Soube-nos a mel!!!
A CCS voaria (e voou) a 8 de Setembro e, nos dias seguintes, a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala (no dia 9), a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa (dia 10) e, finalmente, a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel (dias 11). Assim foi!
O dia, e já desde a véspera, foi tempo de combates no Caxito, entre a FNLA e o MPLA - adiantando este movimento que teria «cercado as forças rivais, ocupando agora a barragem de Mabubas». O Diário de Lisboa de há 40 anos comentava que «a confirmar-se esta situação, poderá estar temporariamente afastado o perigo de a estação de abastecimento de água a Luanda, situada em Quinfandongo, ser tomada pelas forças do MPLA».
MPLA que, ainda segundo o mesmo jornal, no Cubal e Ganda, enfrentou «forças da UNITA idas do Huambo». A UNITA estava a aproximar-se da FNLA e, em Kinshasa, o seu secretário geral adjunto (Kakumba) afirmara mesmo que «a guerra em Angola não terminaria enquanto a UNITA e a FNLA não recuperassem as zonas de influência que lhe foram subtraídas pelo MPLA». Esta posição do movimento de Jonas Savimbi era contrária à sua aparente aproximação com o MPLA.
Quando à retirada das forças sul-africanas do sul de Angola, o MPLA, em comunicado, confirmava a recuperação de General Roçadas. Na semana anterior, ainda segundo o MPLA, «uma força sul-africana de 800 homens, incluindo mercenários portugueses, tinha invadido o distrito do Cunene e arrasado o posto de fronteira de Santa Clara, antes de tomar as cidades de Pereira d´Eça e Roçadas, a 110 quilómetros da fronteira».
«Confirma-se o abandono das forças invasoras (...) sucessivamente derrotadas em embates com as forças das FAPLA», noticiava o DL, citando fontes do MPLA.

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