Os capitães milicianos José Manuel Cruz (2ª. CCAV. 8423) e José
Paulo Fernandes (3ª. CCAV. 8423 ), com o alferes miliciano
João Machado (2ª.), a conversarem com o comandante Bundula,
da FNLA - há 41 anos, em Aldeia Viçosa
Paulo Fernandes (3ª. CCAV. 8423 ), com o alferes miliciano
João Machado (2ª.), a conversarem com o comandante Bundula,
da FNLA - há 41 anos, em Aldeia Viçosa
Furriéis milicianos Guedes (a espreitar), Gomes, Letras e Jesuíno, mais o Martins (à frente , de bigode) e os praças Sebastião e Oliveira |
pelo capitão miliciano José Manuel Cruz.
Os caminhos desta «eno-gastronómica» operação, de norte a sul do país, vão hoje direitinhos a Salvaterra de Magos, onde, no restaurante Zé do Moinho, os espera ementa preparada a preceito - nada tendo a ver com a ração de combates das operações militares do norte de Angola, de há 40 para 41 anos.
Furriéis milicianos de Aldeia Viçosa: António Rebelo, Amorim Martins, Abel Mourato e Mário Matos |
O dia foi também tempo para Mário Soares, ao tempo Ministro dos Negócios Estrangeiros, sublinhar nas Nações Unidas «os esforços de Portugal para «efectuar uma descolonização rápida, que possa evitar a agitação».
Não imaginava, seguramente, o que passaria um ano depois. Nada que se pare esse com tal sublinhado. Na verdade, o problema angolano «ameaça(va) colocar Portugal num plano de isolamento, face a algumas das mais progressistas nações do chamada Terceiro Mundo» - devido às dúvidas que, a pouco mais de um mês da independência, ainda existiam no respectivo processo.
A situação assumia-se delicada e ainda mais fragilizadora do Governo português porque, entre essas nações, estavam duas ex-colónias portuguesas (Moçambique e Guiné-Bissau). E ambas apoiavam o MPLA - tal como Guiné-Conacry e Congo-Brazaville, Tanzânia, Botswana, Zâmbia, Burundi, Madagascar, Comores, Daomé e Mauritânia, porventura outros.
Notícia do Diário de Lisboa de há 40 anos, sobre a situação de Angola |
Hoje, porém, é para viver as emoções que se têm cultivado no canteiro da saudade e do companheirismo dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. Que seja forte e farta a festa, pá! E feliz, muito alegre, sem esquecer os momentos que fizeram a nossa jornada de África.
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