Holden Roberto a 32 quilómetros de Luanda, numa altura, há 40 anos, em que
o MPLA preparava o assalto as posições da FNLA, em Carmona e no
Ambriz. Os Cavaleiros do Norte já estavam em Portugal
Notícia do Diário de Lisboa de 17 de Setembro de 1975. A imagem é da primeira página e está reproduzida acima (recolhida na net) |
O território angolano não registava confrontos importantes, desde o fim de semana anterior (dias 13 e 14) e «entre os três movimentos». «Esta calma poderá corresponder a uma reorganização militar dos diversos campos, antecedendo novas batalhas», relatava o vespertino da capital portuguesa - que eu, ao tempo, procurava em Águeda, aos fins de tarde, para ir sabendo notícias de Angola.
O Exército Português, ainda segundo o DL, «continua(va) a observar a neutralidade activa prevista nos Acordos do Alvor», essencialmente concentrado em Nova Lisboa e Luanda - as duas maiores cidades angolanas e onde se encontrava a maior parte dos portugueses que pretendia voar para Lisboa - os refugiados, ou retornados, como lhes chamavam.
«Este êxodo da população branca já há vários dias que vem enfraquecendo», reportava o DL da há 40 anos. Deu-se até o caso de, ma segunda-feira anterior (dia 15), um avião diário da UTA, fretado pelo Governo Francês, não ter qualquer passageiro para embarcar para Lisboa. Um «Boeing 707» da Força Aérea Alemã, e um «Iliiuchin» da Alemanha do Leste, «tinham já embarcado os «desalojados» inscritos nos seus voos».
Moçambique, Cabo Verde e S. Tomé e Príncipe foram admitidos nas Nações Unidas há precisamente 40 anos, como se lê na notícia do Diário de Lisboa de 17 de Setembro de 2015 |
O representante de Portugal, António Costa Lobo, na oportunidade, leio no Diário de Lisboa desse dia, «prestou homenagem à inteligência e clarividência dos dirigentes das novas nações que, na sua atitude para com Portugal, souberam distinguir o temporário do permanente».
O diplomata afirmou-se também «convencido que, graças ao peso que a história sempre dá ao que é temporário, mais tarde ou mais cedo serão inevitáveis as relações entre Portugal e as suas ex-colónias».
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