CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

3 249 - Cavaleiros de Santa Isabel e MPLA a caminho de Carmona


O capitão miliciano José Paulo Fernandes (comandante) e o 1º. sargento Francisco 
Marchã. da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, que há precisamente 40 anos 
embarcou em Luanda, para Lisboa, concluindo a sua jornada
africana de Angola

Maria da Graça e Davide Castro Dias (a
preparar o lançamento de um «morteiro« bruto
e espumoso), Viegas e Carlos Silva, ontem em 

Águeda, na Festa do Leitão de 2015


Há precisamente 40 anos, a  3ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes, embarcou em Luanda e disse adeus, por concluída, à sua comissão de soberania em Angola. À jornada africana do Uíge, que a aquartelou em Santa Isabel (de 11 de Junho a 10 de Dezembro de 1975), no Quitexe (de 10 de Dezembro de 1974 a de Março a 8 de Julho de 1975) e em Carmona (até 4 de Agosto), finalmente em Luanda, no Grafanil, até ao embarque.
No mesmo dia, partiu de Luanda a Companhia de Santa Isabel (a 3ª. CCAV. 8423) e chegou a Lisboa a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz - que chegou a 11 de Setembro, hoje se completam 40 anos!!! O tempo passa!!! Eramos jovens e sonhadores, hoje somos «sexYenários» alimentadores de memórias.
Noticias de Angola, há 40 anos,
no vespertino Diário de Lisboa
Ao mesmo dia 11 de Setembro de 1975, em Angola, era confirmada «a libertação do Caxito, por forças do MPLA». Caxito que era, segundo o Diário de Lisboa desse dia, «importante posição estratégica, como nó rodoviário das ligações para o norte, sobretudo para Carmona». A «nossa» Carmona!!! E a sua importância estratégica, bem a conhecíamos nós, Cavaleiros do Norte. Que por lá passámos dezenas de vezes!
O MPLA, pela voz do presidente Agostinho neto, comenta que «nenhum angolano pode deixar de estar satisfeito» por mais esta vitória, já que, sublinhava, «ela marca mais uma importante etapa  «na difícil luta que os angolanos travam contra o imperialismo e os seus agentes internos».
O jornal, por sua vex, considerava que «a perda do Caxito significa ainda, para a FNLA, um desaire quase catastrófico pois, estrategicamente, aquela posição era fundamental para o tão falado e propagandeado avanço sobre Luanda», para além de ser «um grande abalo psicológico para as forças da FNLA».
De facto, adiantava o jornal, «a partir de agora abriu-se mais uma porta para a penetração das FAPLA, em direcção ao norte, ainda bastião das forças de Holden Roberto».
Ontem, dia 10 de Setembro de 1975 (e como ontem aqui já falámos) foi tempo de três Cavaleiros do Norte se reencontrarem em Águeda, lembrando o tempo e os modos de há 40 anos. A imagem é sugestiva: o ex-capitão miliciano Davide Castro Dias, que comandou a brava guarnição de Zalala - «a mais rude escola de guerra!»... - prepara o lançamento de um «morteiro» espumoso (bruto), sob o olhar atento da sua «mais que tudo», a doutora Maria da Graça (os nossos respeitos!!!), do (ex-furriel miliciano) Viegas e do (ex-alferes miliciano) Carlos Silva, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, precisamente a que, hoje se fazem 40 anos, embarcou de Luanda para Lisboa.
O tempo voa!!!!

Sem comentários:

Enviar um comentário