Momento «inovação» do look capilar dos furriéis mili- cianos Américo Rodrigues, Eusébio Martins, Jorge Ba- rata e Plácido Queirós, Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala |
Os dias de Janeiro de 1975 caminhavam para o fim e casa vez mais se expectava sobre o dia 31, que seria e foi) o da tomada de posse do Governo de Transição de Angola - a caminho da independência!
Os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, sempre garbosos e sem medos, cumpriam a sua missão por terras uíjanas e cada vez mais se aproximavam dos combatentes dos movimentos de libertação - inimigos dos ontens que faziam os seus 6 meses anteriores.
Os tempos eram de «enterrar» a guerra, esquecê-la!..., e semear a paz que todos queriam!
O Quitexe, onde se aquartelavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423 (rodada da Fazenda Santa Isabel), Vila Viçoza (onde estava a 2ª-CCAV. 8423) e Vista Aegre e Ponte do Dange (para onde tinham rodado os Cavaleiros do Norte de Zalala), iam recebendo os combatentes, principalmente da FNLA, de braços abertos e sem ódios ou magoas para carpir.
Todos, sem excepção, tinham a noção absoluta do invulgar momento que se vivia - o momento histórico da construção de um novo país! E todos os Cava-
leiros do Norte do BCAV. 8423 estavam conscientes da importância do seu papel, valesse isso os sacrifícios que valessem. E alguns tiveram, enfrentados, porém, sem medos, garbosa e corajosamente.
O furriel Américo Rodrigues e dois combatentes da FNLA em Vista Alegre |
Cavaleiros de Zalala
com combatentes !
O furriel Américo Rodrigues, saudoso combatente que de nós partiu a 30 de Agosto de 2018, estava há 44 anos já em Vista Alegre e lembrou-nos que «os primeiros contactos “amigáveis” com elementos da FNLA já tinham acontecido em Zalala».
«Eles e os seus familiares procuravam intensamente a enfermaria, em busca de remédios para cura de um interminável número de doenças que nem eles sabiam definir», contou-nos o Rodrigues, que foi inestimável colaborador deste blogue.
Já em Vista Alegre, recordou o Rodrigues, em crónica que escreveu em 2011, «já eram bastantes, mas não eram tão genuínos, nem comparados com os de Zalala».
«Provavelmente recrutadas à última da hora, já apareciam em grupos e com “fardas”e melhor armamento. Como nesse tempo ainda não existia a presença dos outros movimentos, o MPLA e UNITA, ou era muito reduzida, as escaramuças a valer foram mais tarde como sabes reservadas para o palco de Carmona. Pelos nossos lados, tudo correu bem», concluiu o Américo Rodrigues, falando dos tempos de há 44 anos, da nossa jornada africana do Uíge angolano.
Manuel C. Vieira, 1º. cabo clarim |
Vieira, clarim da CCS,
67 anos em Penafiel !
O 1º. cabo Vieira, clarim da CCS dos Cavaleiros do Norte, está em festa de anos, comemora 67 a 29 de Janeiro de 2019.
Manuel da Costa Vieira era natural e residente em Rio Mau, po-
voação da freguesia de Sebolido, em Penafiel, e lá voltou a 8 de Setembro de 1975, terminada que estava a sua comissão de ser-
viço em terras do norte de Angola - no vila do Quitexe e depois em Carmona.
Reencontrámo-lo em 1997, no encontro da CCS que se realizou na cidade pe-
nafidelense, de farto cabelo, todo branco, e sabemos que vive agora em Pi-
nheiro, no mesmo município de Penafiel.
É para lá e para ele que vai o nosso abraço de parabéns!
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