Cavaleiros do Norte de Zalala: o furriel Joaquim Rodrigues e os soldados Manuel Amaral, o Bolinhas (encoberto) e João Gonçalves (o Bigodes, ou o Cigano), no tempo da jornada africana do Uíge angolano |
Cavaleiros do Norte de Zalala, mas aqui já em Vista Alegre e Ponte do Dange: o alferes Pedro Rosa, ladeado pelos fur- riéis Manuel Pinto (à esquerda) de João Aldeagas |
O mês de Abril de 1975 começou na expectativa, da parte dos Cavaleiros do Norte, de que «se realizaria o programa de continuação da remodelação do dispositivo militar».
A 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala e comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias, continuava em Vista Alegre e Ponte do Dange, e parte da 2ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Manuel Cruz, continuava em Aldeia Viçosa, com a restante em Carmona e no BC12.
O capitão José Manuel Cruz, de Aldeia Viçosa, ladeado pelos alferes João Machado (à esquerda) e Jorge Capela |
O Diário de Lisboa de 1 de Abril de 1975 noticiava que «a FNLA acusa as Forças Armadas Portuguesas» |
FNLA contra as Forças
Armadas Portuguesas
Luanda, no primeiro dia desse Abril de há 42 anos, acordou «calma e tranquila». «Esta manhã, crianças e jovens bancos dirigiam-se calmamente para as esco-
las e liceus. Quando percorri a pé a «cidade do asfal-
to», parecia ser normal o reinício das almas», reporta-
va José António Salvador, o enviado especial do Diário de Lisboa, sublinhando que «foi esta a tónica de Luanda, onde se respira uma certa serenidade» - isto, depois dos incidentes dos dias anteriores.
O tiroteio da véspera, na Avenida do Brasil, não passara, afinal, de «um pequeno incidente» e a UNITA, mantendo o seu estatuto de «neutral» (relati-
vamente a tais incidentes) mas, armada de G3, «prossegue(ia) a sua intensa colaboração com as Forças Armadas Portuguesas, na manutenção da ordem».
Forças Armadas Portuguesas que eram «veladamente criticadas» pela FNLA, por ter impedido, no Ambriz, o avanço de uma sua coluna (do ELNA, o seu braço armado) «em direcção a Luanda».
O jornal diário «Liberdade e Terra», órgão oficial da FNLA e na edição desse dia 1 de Abril de 1975, frisava ser «preciso logicamente recordar que foram as Forças Armadas Portuguesa o suporte de 45 anos de fascismo em Portugal e de 14 anos de guerra nas colónias portuguesas». E frisava que «não aceitaremos qualquer partidarismo no processo de descolonização», sublinhando ainda que «a revolução destinada a restituir ao povo do seu país as liberdades fundamentais e de levar a reconhecer o direito das colónias à independência, absolve-as de muita coisa mas não necessariamente à olvidação completa dos 14 anos anteriores ao 25 de Abril».
Foi para esta Luanda que, há 42 precisamente anos, partiram de férias os furriéis milicianos Cruz e Viegas, ambos Cavaleiros do Norte da CCS, do Quitexe mas a esse tempo já em Carmona.
O 1º. cabo Victor Cunha em 1975 |
Cunha, enfermeiro de Zalala,
65 anos em Coimbra
O 1º. cabo enfermeiro Cunha, da 1ª. CCAV. 8423, a da fazenda Zalala, festeja 65 anos a 2 de Abril de 2017.
Victor Manuel Dinis Cunha é natural de S. João de Campo e vive em S. Martinho de Árvore, em Coimbra. Foi 1º. cabo enfermeiro em Zalala e depois Vista Alegre, Songo e Carmona.
Victor Cunha, re- formado, em 2016 |
bra continuou a vida, pessoal, familiar e profissional. está reformado. Os 65 anos deste Cavaleiro do Norte de Zalala - habitual participante de todas as «panquecas» dos «zalalas» - serão comemorados amanhã, em S. Martinho de Árvore - para onde vai o nosso forte abraço de parabéns, com «receita aviada» para que os possa, de boa saúde e feliz, repetir por muitas e boas primaveras!
Costa, atirador de Zalala
iria fazer 65 anos!
José Maria Soares da Costa foi soldado atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala.
Natural do lugar de Bouço (?), na freguesia de Duas Igrejas, concelho de Vila Verde (no Minho). Lá regressou a 9 de Setembro de 1975 e faria 65 anos a 2 de Abril de 2017
Faleceu a 14 de Dezembro de 2009 e aqui o evocamos com saudade. RIP!
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