Cavaleiros do Norte da Zalala, todos furriéis milicianos: Joaquim Rodri- gues, Jorge Barata, José Louro, José Nascimento, Eusébio Martins, Manuel Dinis Dias, Victor Velez e Victor Costa |
Os furriéis milicianos Cruz e Viegas nas férias angolanas de há 42 anos, Aqui, entre a Caála e Nova Lisboa, antes de chegarem ao Lobito e a Benguela |
O Batalhão de Cavalaria 8423, ao tempo dividido entre os aquartelamentos de Carmona (a actual cidade do Uíge), do Quitexe e de Vista Alegre/Destacamento da Ponte do Dange e «dando colaboração ao processo revolucionário de Portugal», ficou encarregado da «montagem das assembleias de voto em Carmona». Para as primeiras eleições do pós-25 de Abril português.
Furriel Viegas em Benguela, há precisamente 42 anos e de calças à «boca de sino» |
zaram-se palestras orientadoras» e de preparação do acto eleitoral. «Em tentativa de o preparar», precisa o Livro da Unidade, reportando esse tempo.
A campanha eleitoral terminava oficialmente às 24 horas desse dia 23 de Abril e «depois de 22 dias de maciça pro-
paganda dos 12 partidos concorrentes e com um reforço notório de concentrações populares». Isto em Portugal.
Por Angola, os furriéis milicianos Cruz e Viegas, de malas feitas nas suas férias africanas, voaram nesse dia do Lobito para Luanda, curiosos pelas movimentações eleitorais da capital do país que ia nascer: mas nada de especialmente interessante souberam, além da leitura dos jornais angolanos e de um ou outro que chegavam de Lisboa.
Anunciavam-se «grandes comícios de encerramento», segundo o Diário de Lisboa: do CDS na Guarda (com Galvão de Melo); da FEC-ML e LCI no Porto; do MDP/CDE em Aveiro, Beja, Évora e Faro; do MES em Lisboa (com Rossana Rossanda); do PCP em Lisboa, estádio 1º. de Maio (com Álvaro Cunhal); do PPD, actual PSD, em Algés (com Pinto Balsemão); e do PS em Braga (com Sottomayor Cardia). Entre outros.
Encontro de MPLA,
FNLA e UNITA
Angola expectava sobre as eleições em Portugal mas os três movimentos de libertação continuavam de projectos separados, face à próxima independência do país.
Os incidentes que nas semanas anteriores confrontaram MPLA e FNLA motivaram uma posição de Agostinho Neto, que se ofereceu para «participar numa reunião dos presidentes dos três movimentos».
«Em vez de nos alvejarmos uns aos outros, em vez de usarmos a violência, deveríamos discutir os nossos problemas», disse o presidente do MPLA.
Victor Velez e José Nascimento, furriéis milicianos de Zalala mas aqui já no quartel do Songo |
Victor Velez em
Santa Margarida
O então futuro furriel milicianos Velez apresentou-se no RC4 e no BCAV. 8423 a 24 de Abril de 1974.
Victor Manuel da Conceição Gregório Velez morava em S. Sebastião da Pedreira, freguesia de Lisboa, aonde regressou, à Rua Gonçalves Crespo, no dia 9 de Se-
tembro de 1975. Atirador de Cavalaria, rodou da Escola Prática de Santarém e substituiu, na 1ª. CCAV. 8423, o 1º. cabo miliciano Francisco J. C. Silva, do RC4 e por, segundo a ordem de serviço nº. 109/74, do RC4, este «ter sido julgado capaz para os SAE e reclassificado em amanuense».
Victor Velez viria a ser Cavaleiro do Norte da 1ª. CAV. 8423, a de Zalala, mas, segundo o Livro de Unidade, só aqui se apresentou em Junho de 1974. Um companheiro dos bons!
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