Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. Reconhecem-se, ambos de bigode e à direita, os furriéis milicianos Carlos Letras e Jesuíno Pinto. E os outros, quem ajuda a identificá-los? |
O tenente-coronel Almeida e Brito retomou o comando do BCAV. 8423 a 4 de Abril de 1975, depois de, interina-
mente, ter comandado a Zona Militar Norte (ZMN) e nos Cavaleiros do Norte, desde 24 de Março, ter sido substituído pelo capitão José Diogo Themudo.
A cidade de Carmona e a província do Uíge viviam a «calma fictícia» de que fala Almeida e Brito no Livro da Unidade, com «um e outro incidentes», que a tropa portuguesa ia resolvendo.
Rodrigues, à viola, e Pinto, de pala, furriéis milicianos de Zalala num momento de boa disposição |
Ao tempo, procurando marcar terreno, frequentemente as forças da FNLA e do MPLA se enfrentavam em pequenos incidentes, de alguma maneira replicando os de Luanda e que cada vez mais se aproximavam da zona de acção dos Cavaleiros do Norte - a Quibaxe e Úcua, a Salazar (actual N´Dalatando). Carmona e o Uíge eram, praticamente e nestes primeiros dias de Abril de 1975, a única zona angolana onde se mantinha a total soberania militar portuguesa.
As Forças Militares Mistas (FMM) faziam patrulhamentos na cidade e vias de acesso, noite e dia, comandadas por quadros portugueses e incluindo militares dos Cavaleiros do Norte e dos movimentos de libertação. O que não era nada fácil, devido às crescentes animosidades e desconfianças entre as forças angolanas e destas para com os militares portugueses do BCAV. 8423.
Segurança em Angola
preocupa(va) a ONU
A situação em Angola, há 42 anos, continuava delicada e motivou, a 4 de Abril de 1975, uma inesperada visita a Lisboa do embaixador Asdulrasim Farah, enviado especial de Kurt Waldheim (então secretário geral da ONU) - que, nessa qualidade, iria participar, no dia 7, na Conferência da Organização da Unidade Africana (OUA), marcada para Dar-es-Salam, capital da Tanzânia.
«A segurança em Angola preocupa muito o secretariado da ONU», disse Asdulrasim Farah, frisando «esperar veementemente que os três movimentos de libertação se irmanem num espírito de cooperação para que a descolonização de Angola decorra da melhor maneira».
Virgílio, o clarim
de Santa Isabel
O clarim Virgílio dos Santos Mateus, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festejou 23 anos a 5 de Abril de 1975.
Ao tempo aquartelado no Quitexe, regressou a Portugal a 11 de Setembro de 1975, fixando-se no lugar e freguesia de Santo da Casa, no Fundão - onde ainda vive(rá), agora no Casal da Senhora da Saúde e onde amanhã comemora(rá) 65 anos. Parabéns!
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