Cavaleiros do Norte de Zalala: o 1º.sargento Fialho Panasco e os furriéis milicianos Américo Joaquim Rodrigues e Plácido Jorge Queirós |
Os dias de Maio de 1975 iam sendo riscados no calendário, já íamos a 12, e Carmona e o Uíge continuavam a já aqui falada «paz fictícia» que historia o Livro de Unidade.
«Pareceria que o fim tácito de vários anos de guerra em Angola traria como consequência, situações de acalmia em todo o território, procurando os diversos movimentos emancipalistas, através da ideologia
político-social que defendem, fazer enraizar nas populações esses seus ideais e, daí, com maior ou menor facilidade, conduzir-se-iam as suas acções no decurso do processo de descolonização», lê-se no Livro da Unidade.
O problema era que, sublinha este documento, «o Uíge, a bem ou a mal, terá que terra da FNLA e, consequentemente, não será bem aceite no seu solo qualquer outra opção política, donde resultam permanentes quezílias entre movimentos, as quais dia a dia vão tendendo a aumentar».
Os Cavaleiros do Norte, sempre disponíveis e embora com inúmeros sacrifícios - devido à multiplicação de tarefas que lhes enchiam o dia-a-dia! -, por lá se mantiveram firmes e obstinados, sem recuar ante qualquer problema, qualquer incidente, fosse de que natureza fosse!
Agostinho Neto (presidente do MPLA), Holden Roberto (da FNLA) e Jonas Savimbi (da UNITA |
Recusa da FNLA à
cimeira com MPLA e UNITA
A FNLA, soube-se nesse dia, recusou-se a participar na Cimeira dos 3 movimentos, sugerida pelo Governo de Portugal.
A razão, segundo o comunicado divulgado pela France Press, assentava na decisão de «recusar categoricamente tomar parte numa reunião dos 3 movimentos angolanos, em que esteja associado um representantes» do Governo Português». E isto, acentuava o movimento de Holden Roberto, devido à «evidente parcialidade e falta de objectividade de que certos membros do Governo de Lisboa dão provas em relação à FNLA».
«Uma tal reunião correria o risco de terminar na confusão, devido às intrigas que não deixariam de ser urdidas por aqueles que tem interesses em pescar em águas turvas», sublinhava a FNLA. Ver AQUI
José Mendes, 1º. cabo TRMS da CCS, com o furriel Viegas, há um ano em Lisboa, Falava, ao telefone, com o furriel José Pires, também TRMS |
Mendes, 1º. cabo TRMS,
faz 65 anos em Lisboa
O 1º. cabo Mendes comemora 63 anos a 13 de Maio de 2017. Em Lisboa, onde é empresário do sector da restauração.
José da Fonseca Mendes é natural de Alvoco d Várzea, em Oliveira do Hospital, mas «emigrou» para Lisboa aos 10 anos, foi ardina e electricista e merceeiro, até que, aos 18, entrou no ramo da restauração, colaborando com um irmão. De volta da jornada angolana, continuou na restauração, na Praça da Armada, e em 1987, abriu o (seu) Restaurante A Travessa, na Travessa das Necessidades, em Lisboa. Lá continua e com ele (foto) lá estivemos há um ano.
Parabéns e grande abraço, pelos 65 anos!
José C. Neves |
Atirador José Neves,
65 anos em Sintra
José Coutinho das Neves foi soldado atirador de Cavalaria do PELREC, da CCS dos Cavaleiros do Norte.
Residente em Rio de Mouro, no concelho de Sintra, lá voltou a 8 de Setembro de 1975. E por lá viverá, agora na Quinta do Alemão, em Manique de Cima. Infelizmente, não temos notícias precisas sobre ele, mas não lhe dispensamos o nosso abraço de felicitações.
Sem comentários:
Enviar um comentário