Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe: 1º. cabo João Monteiro (Gaso- linas), NN, José Gomes Coelho (que faleceu há 10 anos, 13 de Maio de 2007), António Calçada e NN. Quem são os NN´s? |
Furriéis milicianos no Quitexe: Fer- nandes, Viegas e Belo (atrás), Ri- beiro, Rabiço e Graciano |
A cimeira angolana teve outra «nega», a somar
à da FNLA e conhecida a 13 de Maio da 1975: a da UNITA. O movimento de Jonas Savimbi também não estava disponível para reunir com os diri-gentes portugueses. O que levou o ministro Melo Antunes a Luanda.
«Crê-se que esta deslocação está ligada com a realização próxima de uma cimeira entre os 3 movimentos de libertação e que alguns meios já a indicam para Lusaka», lia-se no Diário de Lisboa desse dia de há 42 anos.
O dia foi também o da chegada a Lisboa de 400 refugiados de Angola, recebidos pelo Grupo de Apoio - pois ainda não funcionava o Instituto de Apoio aos Refugiados Nacionais (IARN).
O BC12, a última unidade do BCAV. 8423, visto de Carmona, na estrada para o Songo. Ali esteve de 2 de Março a 4 de Agosto de 1975. Há precisamente 42 anos! |
merso, com a vinda de milhares de refugiados, se o clima continuar a agravar-se em Angola».
Calma em Luanda e
vexames em Carmona
O mesmo jornal noticiava que «a calma regressou a Nova Lisboa, onde se re-
gistaram incidentes entre FNLA e do MPLA, desconhecendo-se o número de vítimas». Em Luanda, por seu lado, «não houve novos incidentes», mas «as-
sistia-se a uma fuga desordenada dos técnicos europeus, devido à instabi-
lidade da situação e aos acontecimentos sangrentos das últimas semanas».
O Uíge, por onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte - na altura, em Carmona e Songo -, continuava sem incidentes especialmente graves, mas, e citamos o Livro de Unidade, «verifica-se uma enorme dificuldade em fazer vingar o papel de árbitro» que era atribuído ao BCAV. 8423.
«Procurando posição de isenção, foi a actuação das tropas orientada no cum-
primento da sua missão. Contudo, viu sempre escolhos diversos a vencer, viu e sentiu ameaças, foi alvo de vexames mas sobretudo foi sempre apelidada de partidária e, consequentemente, viu as suas actividades mal aceites, ainda que não suscitem quaisquer dúvidas quanto à sua isenção», narra o LU.
José Gomes Coelho, sapador, faleceu há 10 anos, a 13 de Maio de 2007. RIP!!! |
A morte do sapador
José Gomes Coelho
José Gomes Coelho, que pelos Cavaleiros do Norte, jornadeou pelo Uíge como soldado sapador, faleceu há precisamente 10 anos: a 13 de Maio de 2007.
Integrava o Pelotão de Sapadores, comandado pelo alferes Jaime Ribeiro, e, regressado a Portugal a 8 de Setembro de 1975, voltou à sua terra de Oldrões da Calçada, em Penafiel.
Trabalhou na Universidade do Porto,como carpinteiro, nas a doença antecipou-lhe a reforma por invalidez.
«Teve um tumor cerebral. Nunca quis ser operado», disse Ângela Coelho, uma das duas filhas. A viúva, Maria Elisa Sousa Ferreira, foi quem nos deu a notícia da morte, quando, em 2009, organizámos o encontro de Águeda.
Faleceu aos 55 anos e ainda conheceu dois netos. Hoje o evocamos com saudade. Até um destes dias, Coelho! RIP!!!
Páz á sua alma.
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