O furriel miliciano João Correia Marques Rito, dos Cavaleiros do Norte de Zalala, falecido há 9 anos - a 17 de Maio de 2008! |
O furriel miliciano João Correia Marques Rito foi Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e aqui o recordámos/evocámos no dia de se passarem 9 anos da sua trágica morte - que aconteceu a 17 de Maio de 2008.
Hoje, em momento de saudade e de emoção, podemos recordar a sua imagem física, já posterior, porém, ao seu e nosso tempo de jornada africana do Uíge angolano.
O Rito era de Salgueira, terra da Freixianda de Vila Nova de Ourém. E lá voltou, por lá fazendo vida, celibatário por opção (embora se lhe reconheçam algumas paixões), trabalhando na área das resinas.
Rito do Casege
para Vista Alegre
A comissão angolana de serviço levou João
Cassete com registo de repeniques, sinais e outros toques de sino da Igreja da aldeia do furriel Viegas, levada para Angola |
As contingênicas da sua jornada angolana fizeram que rodasse para a 1ª. CCAV. 8423, onde chegou em Dezembro de 1974 - já os Cavaleiros do Norte de Zalala então se aquartelavam em Vista Alegr e Ponte do Dange.
A 17 de Maio de 2008, em circunstâncias que não são bem conhecidas, o seu cadáver apareceu abandonado numa estrada de Albergaria dos Doze - ainda hoje não se sabendo se ali foi atropelado e não assistido, ou se, morto noutro lado, ali foi deixado por quem (sabe-se lá quem...) o terá vitimado. Nunca se saberá!
O blogue Cavaleiros do Norte curva-se ante a sua memória e hoje, com a colaboração de familiares próximos, edita a sua imagem conhecida mais recente. Paz à dua alma! RIP!!!
As vésperas do dia
da ida para Angola
Há 43 anos, o dia da partida para Angola estava cada vez mais próximo e, sendo domingo, gravei a 19 de Maio desse ano de 1974 e num (agora) velho rádio-gravador que ainda tenho (já inoperacional), o sim dos sinos da igreja da minha aldeia - aqui mesmo ao lado da casa onde resido (como então).
Gravei o sinais de chamamento para a missa, os toques intermédios de chamada e repenique de santos. Depois, o repenique do meio dia e as trindades da noite. Dias antes, tinha gravado os sinais de um funeral. Bem útil viria a ser ouvir estes toques de Igreja no tempo em que cumpri a jornada africana do Uíge angolano. No plano emocional e psicológico. Ouvi-los, de olhos fechados, deitado e de cabeça pousada sobre as mãos espaldadas, era como se estivesse aqui, em casa, na minha aldeia e a sentir os cheiros dos chãos da minha vida!
- «A cassete, os repeniques e os
toques de finados». - Ver AQUI
O comunicado do Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, a 20/05/1974 |
1974: mais três
mortos em Angola
O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, em comunicado conhecido a 20 de Maio de 1974, dava nota de mais 3 militares mortos em Angola, em combate: o 1º. cabo José Augusto Castro Alexandre (natural da Sé Nova, em Coimbra, que deixou viúva Maria da Anunciação Dâmaso) e os soldados José Fernando Ferreira da Rocha, de Sobrado (Valongo), e Bento Ribeiro (de Guimarães).
O comunicado também dava conta da morte de um militar em Moçambique (o soldado José Amaral de Sousa Alves, natural da Ribeira Seca, em S. Miguel, ilha dos Açores) e de outro na Guiné (o furriel miliciano José Fernando Felizberto Pinheiro, de Lisboa).
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