O capitão Luz desembainhou a espada para cortar o bolo do Encontro da CCS 2017, no RC4, A seu lado, o (con- dutor) Vicente, o organizador. Depois, o Buraquinho |
O encontro da CCS teve um momento de evocação dos companheiros já falecidos, um a um recordados pelo (ex-furriel miliciano) Viegas.
A lista é já relativamente grande, desde o comandante Almeida e Brito ao capitão António Oliveira, ao tenente Mora e ao alferes miliciano Garcia, ao sargento ajudante Machado, aos furriéis milicianos Farinhas e Mosteias e mais de duas dezenas de praças - o último dos quais, o Albino dos Anjos Ferreira, atirador de Cavalaria, a 23 de Janeiro deste ano.
O Vicente Alves (organizador) no uso da palavra. Depois, o capitão Acácio Luz e o condutor Nogueira da Costa (da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato) |
O ex-furriel José Monteiro, depois e em breves palavras, caracterizou estes encontros de saudade e o condutor Nogueira da Costa, da Companhia de Caçadores 209/RI 21 (a da Fazenda do Liberato), falou do seu «enorme gosto em participar nestes encontros».
O Vicente José Alves, condutor da CCS e, neste caso, «condutor» da organização do encontro de 2017, manifestou «felicidade por poder ajudar a proporcionar este reencontro com o quartel».
O tenente Acácio Luz, agora capitão aposentado, de 88 anos (num depoimento escrito que publicaremos oportunamente), disse que «sinto-me a rejuvenescer não só pelos mais de 20 anos que separam a minha idades das vossas idades, mas também porque estou a vê-los a todos, jovens autênticos, como nos tempos do Quitexe e de Carmona».
O acordeão do Armando Mendes da Silva voltou a abrilhan- tar o «arraial» da 3ª. CCAV. 8423. E não falhou no momen- to do brinde a todos os Cavaleiros do Norte de Santa Isabel |
Festa e acordeão
na 3ª. CCAV, 8423
O acordeão do Armando Mendes da Silva não faltou ao encontro dos Cavaleiros do Norte de Santa Isabel. Ai que faltasse!
A imagem é brilhantemente explicativa desse momento de festa e se «uma imagem vale por mil palavras», estas ficam ditas na imagem.
Vamos mais atrás: o Armando Mendes da Silva era soldado clarim, já lhe andava a música nas veias, e foi um entusiasta (bem nos lembramos) dos primeiros passos, em 1995, quando se pensou em reunir o pessoal da Batalhão de Cavalaria 8423! A primeira vez!
O seu entusiasmo era grande, na verdade, e continuou, como se vê, levedado na alegria deste «matar saudades» e fazer memórias dos tempos em que os Cavaleiros do Norte cumpriram a sua missão em Angola.
Zalala, 7 furriéis milicianos: Eusébio (falecido a 16/04/2014, em Belmonte), Queirós e Costa (de pé), Rodrigues, Louro, Barata (f. a 11/10/1997 ) e M. D. Dias (f. a 20/10/2011) |
Fome em Angola
e Carmona sem
abastecimentos
A 6 de Junho de 1974, um sábado, a 1ª. CCAV. 8423 partiu do campo Militar do Grafanil para a Fazenda de Zalala, onde ia aquartelar - passando ao fim da tarde pelo Quitexe.
Um ano depois, a imprensa portuguesa titulava: «Costa Gomes em França | Angola no centro das conversações». Também «Em Angola | Caminha-se para uma situação de fome generalizada». Ou «Cimeira Angola em Nairobi» entre o MPLA, a FNLA e a UNITA. Também «A UNITA em Lisboa | É necessário um acordo político entre os 3 movimentos». Ainda «decretado o cessar-fogo pela segunda vez».
Carmona também aparecia na imprensa de 7 de Junho de 1975, dando conta que «as forças do MPLA foram expulsas, recolhendo aos quartéis portugueses» e cidade onde «os problemas estão a aumentar, em face da falta de abastecimentos». Situação que, sublinhava o Diário de Lisboa, «se agudizou, uma vez que estão cortadas as comunicações rodoviárias com Luanda».
Bem sentiram isso, os Cavaleiros do Norte, nesse tempo que lhes exigiu fartos sacrifícios e muitas dificuldades, a que nunca viraram costas, bem pelo contrário!
Almeida de Zalala,
65 anos em Sesimbra
O Almeida, soldado de transmissões da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, está hoje em festa dos 65 anos.
José António Gomes de Almeida integrava o 4º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes Lains dos Santos e era da Travessa do Bairro Antunes, em Sesimbra, e lá voltou a 9 de Setembro de 1975, concluída a comissão ultramarina em Angola. E lá é industrial de panificação. Para ele, vai o nosso abraço de parabéns!
Jacinto Diogo, 1º. cabo escriturário da ZMN |
Jacinto da ZMN, 65
anos na Quarteira
O Jacinto, 1º. cabo escriturário da ZMN, está hoje em festa: comemora 65 anos. Na Quarteira, no Algarve.
Jacinto Sebastião Gomes Diogo é natural de Odeleite, em Castro Marim, mas «emigrou» para a Quarteira, onde é dono e gestor do conhecido restaurante «O Jacinto», na avenida principal da cidade - a Sá Carneiro.
Contemporâneo dos Cavaleiros do Norte entre Março e Agosto de 1975, fala do BCAV. 8423 com entusiasmo, «nascido» das convivência diária e depois levedada nos momentos trágicos mas de grande companheirismo dos primeiros 6 dias de Junho de 1975. Um abraço para ele. Parabéns!
O Almeida,TRMS 1ª CCav / 8423, era do 4ºgrupo de combat, o do Alferes Lains dos Santos, e vive em Sesimbra, é industrial de panificação.
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