CAVALEIROS DO NORTE!! Batalhão de Cavalaria 8423, última guarnição militar portuguesa nas terras uíjanas de Quitexe, Zalala, Aldeia Viçosa, Santa Isabel, Vista Alegre, Ponte do Dange, Songo e Carmona! Em Angola, anos de 1974 e 1975!

segunda-feira, 19 de junho de 2017

3 798 - Cavaleiro Simões com incêndio de Pedrógão à porta de casa!

Cavaleiros do Norte da CCS no encontro de 2017, a 3 de Junho e no RC
4: António Pereira, Francisco António e António Simões. O Simões teve
as labaredas do dantesco incêndio de Pedrogão a 20 metros de casa

As gigantescas  chamas do dantesco incêndio que lavra
nas florestas de Pedrógão  Grande, Castanheira de
Pêra e Figueirós dos Vinhos. Vistas da estrada!


O mecânico António da Conceição Simões, da CCS dos Cavaleiros do Norte, foi um dos muitos portugueses que enfrenta(ou) o dramático e dantesco incêndio que desde sábado galga a floresta de Pedrogão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.  E já provocou 62 mortos!
Combate ao incêndio que desde sábado «come» a flores-
ta e já provocou  62 mortos e 161 feridos, alguns deles
em estado muito grave
«As chamas estiveram a 20 metros de minha casa. Apanhámos um grande susto», contou-nos ele, ao princípio da tarde de hoje.
O Simões mora na Fonte do Guizo, à saída da vila de Figueiró dos Vinhos, apenas «a uns 200 metros do merca-
do». As labaredas do gigantesco incêndio que já fez 62 mortos galgaram rapidamente a floresta 
Um dos muitos automóveis destruídos pelo incêndio. Mais
de 30 pessoas terão morrido carbonizadas dentre deles
e aproximaram-se da vila.
«Foi medonho!...», disse António Simões, que ficou horas seguidas sem luz e água, mas se vale do poço da residência para, com a mulher e conforme podiam, irem «apagando as chamas».
«Nunca vi coisa assim. Fomos apagando tudo, as fagulhas caíam e iam ateando fogo, molhámos tudo o que pudemos à volta das casas, para nos defendermos...», contou António Simões, que é aposentado da GNR e se terá valido de conhecimentos operacionais para enfrentar o perigo que as chamas puseram à sua e outras residências.
Esta tarde, quando finalmente o conseguimos contactar, descansava de muitas horas de ansiedade e dos lutos que lhe levaram «a vida de pessoas conhecidas e algumas amigas». «Felizmente,  não tenho nenhum familiar entre os mortos e feridos», disse António Simões, que nem sabe bem a dimensão da tragédia que caiu sobre a zona afectada pelo dantesco incêndio.
«Não tenho notícias, não temos televisão...», comentou o Cavaleiro do Norte do Quitexe - o único, que saibamos, que reside naquela trágica zona.  
António Simões participou no Encontro da CCS, a 3 de Junho último - seguramente longe de imaginar as dramáticas horas que viveria duas semanas depois - e para ele vai o abraço colectivo, de solidariedade total, dos Cavaleiros do Norte da CCS.
O Clube do Quitexe


Comissão Local de
Contra-subversão

A 19 de Junho de 1974, há precisamente 43 anos, o comandante Carlos Almeida e Brito reuniu com a Comissão Local de Contra-Subversão (CLCS).
O encontro tinha o objectivo de «preparar e mentalizar as populações para o programa do MFA» e decorreu no Clube do Quitexe. Repetiu-se a 26 de Junho e inclui-se no plano geral que envolveu reuniões de trabalho com comer-
ciantes e autoridades da vila (dia 17) e autoridades tradicionais (dias 22 e 29).

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